quinta-feira, junho 23, 2011

A estória de António C., segundo a revista “Sábado”



É um segredo de Polichinelo a identidade de um misterioso embaixador português (?!) colocado, há uns anos atrás,  num país de Leste. Também não o vamos identificar completamente, mas apenas dar mais umas dicas e  uns comentários sobre o assunto.
Tudo o que vem na “Sábado” é, segundo as minhas fontes, verdadeiro, mas incompleto. Faltam elementos relativos a determinados anos que constam do processo e que a reportagem da revista é a esse respeito omissa. 
Para alem da suspensão o  diplomata, que aguardava colocação no estrangeiro, foi, após as averiguações preliminares, posto na prateleira, tendo jurado vingar-se dos seus acusadores. Terá dito que uma vez  ascendendo o CDS (ou se se quiser a “Direita”) ao Poder voltaria à tona de água e seria limpo de toda e qualquer mácula, sendo-lhe dado um posto de eleição. E, claro está, vingar-se-ia então dos seus acusadores. Meus amigos, vendo o peixe pelo preço que o comprei.
A publicação do artigo da “Sábado”, neste preciso momento e atenta a conjuntura vigente no país, visa, objectivamente, impedir que o processo inverta o rumo normal a que está destinado e “entalar” Paulo Portas, que não poderá alegar desconhecimento do assunto, nem passar uma esponja sobre o mesmo, nem tão-pouco assobiar para o lado. Tem de actuar.
Esta manobra foi urdida por quem está nas Necessidades e sabe bem da poda, quem sabe se com “a little help from highly placed friends” ou pelo menos de um (sim, esse!).
Uma vez que o processo se encontra sub judice, seria prematuro e, além do mais, ilegítimo concluir-se pela culpabilidade do visado. Aliás, o MNE invariavelmente perde quase todas os pleitos em que é parte. Não seria este que iria ganhar. Assim, pretende apenas conquistar pontos na comunicação social e na opinião pública, antecipando-se a qualquer veredicto do tribunal, em regra aleatório.
Esta é uma visão realista do caso. 

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