sexta-feira, abril 29, 2011


Irão: Guerra aos cães.

Os legisladores no Irão apresentaram um projecto de lei em que propõem criminalizar a propriedade de cães.  O projecto de lei em questão estipula que a posse de um cão “suscita um problema cultural” e que é “uma imitação cega da cultura ordinária do Ocidente”.  Muitos crêem que o objectivo desta “Guerra aos canídeos” visa distrair os iranianos dos magnos problemas que o país enfrenta. O governo de Teerão recebe biliões de petro-dólares anualmente e utiliza esse dinheiro para se armar e para adquirir ADM’s (armas de destruição maciça) em vez de o utilizar  para melhorar a vida dos seus concidadãos. E, agora, o regime considera a eliminação dos cães uma prioridade em vez da eliminação do desemprego e da pobreza.
Há cerca de  duas semanas, companhias de cerca de 30 países, incluindo a Alemanha, Reino Unido e França participaram  no “Iran Oil Show” em Teerão, apesar das sanções vigentes dos EUA e da U.E.
Ao continuarem a negociar com o regime iraniano – na óptica do  business as usual – as companhias ocidentais, no fundo, criam as condições objectivas para que prossiga sem restrições  o desrespeito pelos direitos humanos.

quinta-feira, abril 28, 2011

Finlândia - Populismo 



O êxito eleitoral dos "Verdadeiros finlandeses", o único partido que progrediu nas eleições legislativas finlandesas de 17 do corrente, marca uma nova etapa no avanço dos partidos populistas na Europa.  Trata-se de uma maré  que atinge todos os países da União Europeia, com excepção, por ora, da Alemanha, da Espanha e de Portugal. Esta subida imparável dos extremos suscita, ao mesmo tempo, questões aos Estados-membros e à própria construção europeia. A crise económica será a própria razão de ser desta espiral que muitos não hesitam em qualificar de nacional-populista? Ou então a imigração será a causa do problema, uma vez que a Europa se tornou, apesar de tudo,  o primeiro continente de acolhimento? 

Embaixador de Portugal no Canadá contra a “guettoização” do ensino para portugueses


Devido ao insucesso escolar da comunidade portuguesa o embaixador e o cônsul portugueses denunciam o risco iminente de criação de um "gueto linguístico" em Toronto. Sobre o assunto transcrevemos uma notícia da agência Lusa de 24 de Abril de 2011.

Toronto, Canadá, 24 abr (Lusa) -- O embaixador de Portugal no Canadá e o cônsul português em Toronto insurgem-se contra a ideia de criação de uma escola especial para alunos portugueses, advertindo que tal será um "gueto linguístico".
A possível criação de uma escola especial para alunos de origem portuguesa com o objetivo de ajudar a combater a taxa de abandono escolar foi anunciada, em meados de março, na imprensa diária de Toronto por uma administradora escolar portuguesa ("trustee") da direção escolar do ensino público de Toronto (o TDSB -- Toronto District School Board), Maria Rodrigues.
A Lusa tentou falar com Maria Rodrigues, que não esteve disponível para qualquer resposta.
A ideia de uma escola para alunos de origem portuguesa surgiu após a divulgação do último relatório do TDSB, que enumera na lista das conclusões, e como parâmetro reincidente, que os alunos que "falam português, espanhol ou somali em casa" figuram entre os que certamente não terminarão os seus estudos secundários.
No período 2004-2009, segundo o relatório, só 66 por cento do total de 103 alunos no 9.º ano que falam português concluíram o liceu.
Trata-se da segunda pior taxa de graduação da TDSB, a seguir aos alunos falantes de somali (67,5%) e antes dos de espanhol (57,8%).
O embaixador de Portugal no Canadá, Pedro Moitinho de Almeida, referiu que a mediatização de dados sobre o insucesso escolar de alunos de origem portuguesa originou "uma tentadora atribuição de uma etiqueta de conotação negativa à comunidade [portuguesa] em geral".
O embaixador frisou à Agência Lusa que "não é possível aferir com rigor qual a verdadeira situação do abandono escolar de alunos de origem portuguesa em Toronto, no Ontário ou no Canadá", por não existirem estudos com dados completos e aprofundados.
Por seu lado, o cônsul português em Toronto, Júlio Vilela, embora reconheça que possam existir problemas de desempenho escolar por parte de alunos de origem portuguesa, salientou à Lusa que "não é pela via de criação de um gueto linguístico que se melhora o desempenho escolar dos alunos. É pela via da integração".
"Não tenho a informação de que tal projeto exista. O que há atualmente é um grupo de trabalho criado e que por nossa sugestão irá incluir a Coordenação do Ensino de Português [no Canadá], o qual irá avaliar a situação, ver o que está na origem do problema e sugerir medidas que podem ser tomadas a médio prazo", asseverou Júlio Vilela.
Junto da comunidade portuguesa, o projeto recebe igualmente duras críticas.
O mais antigo administrador escolar português no Canadá, Eduardo Viana, considerou que "não é uma boa ideia separar os alunos e vai prejudicar a imagem da comunidade portuguesa".
"Na nossa comissão escolar [Halton-Oakville] temos 30 mil estudantes, dos quais cerca de cinco mil de origem portuguesa e felizmente não temos portugueses com necessidades especiais de ensino por mau aproveitamento escolar", disse.
Nellie Pedro, que foi administradora escolar no TDSB de 2000 a 2003, manifestou-se contra a ideia, contestando, desde logo, o critério baseado na etnicidade utilizado pelo TDSB para fazer o estudo.
"As notícias sobre esse estudo só têm o efeito de rotular todas as crianças de origem portuguesa, com a mensagem de que não vale a pena investir nelas pois já se sabe que irão falhar. Esquece-se até que elas são canadianas", disse.

EF.
Lusa/Fim

Apenas um pequeno comentário: Trata-se da habitual vergonha lusitana. Valha –nos Deus!
O problema não é de hoje, mas de sempre.


quarta-feira, abril 27, 2011


Brasil: Quem ri do Tiririca agora?


*TIRIRICA foi diplomado em 17/12/2010


*Salário: R$ 26.700,00
(€11.635)
*Ajudas de Custo mensais: R$ 35.053,00
(€ 15.275)
*Auxílio Moradia (abono de habitação) : R$ 3.000,00
(€ 1.370)
*Auxílio Gabinete (apoio financeiro para a contratação de assessores): R$ 60.000,00 (€ 26.148)

*Despesa Médica pessoal e familiar: ILIMITADA E INTERNACIONAL (livre escolha de médicos e clínicas).

*Telefone Celular: R$ ILIMITADO.

*Ainda como bónus anual: R$ 53.400,00 – o equivalente a 2 salários (€ 23.135)
*Passagens e estadia: primeira classe ou executiva sempre

*Reuniões no exterior: dois congressos ou equivalente todo ano.

*Aposentação: total, após oito anos e com pagamento integral.

*Imunidade parlamentar.
*Fonte de custeio: O BOLSO DO CONTRIBUINTE BRASILEIRO!

*Dá para o chamar de palhaço?

*Pense bem quem é o verdadeiro palhaço !
*Não é preciso dizer mais nada. . .


segunda-feira, abril 25, 2011


EUA – Orçamento, Obrigações do Tesouro, Dólar as 3 crises norte-americanas que estarão na origem da quebra do sistema global, económico, financeiro e monetário

Segundo alguns analistas europeus e norte-americanos, a próxima fase da crise consistirá efectivamente na quebra irreversível do sistema económico, financeiro e monetário mundial no Outono de 2011. As consequências a todos os níveis desta situação serão de proporções históricas e demonstrarão sem quaisquer equívocos que a crise de 2008 (ou seja, a tão decantada crise do  subprime e o consequente meltdown) é o que sempre foi: um simples aviso à navegação para o tsunami que se avizinha.

Esta degradação histórica tem também obviamente que ver com a crise nuclear no Japão, com as decisões chinesas em matéria de política económica e com o problema da dívida soberana na Europa. Neste particular, a questão das dívdas públicas dos países periféricos da Eurolândia (os PIGS) já não constituem um preponderante factor de risco europeu, uma vez que o Reino Unido virá assumir o papel de “the sick man of Europe” (o doente da Europa). A Eurozona implementou todos os dispoisitivos necessários para solucionar estes problemas e continua, a bom ritmo, em vias de encontrar as soluções adequadas para as questões ainda pendentes ou potenciais. A gestão dos problemas gregos, portugueses e irlandeses (e presumivelmente, amanhã, dos problemas espanhóis e/ou belgas e, mesmo italianos) está ser feita de uma forma eficiente e organizada.  Serão os investidores privados a pagar a factura – é inegável - , mas não estaremos perante riscos sistémicos, o que desagrada sobremaneira ao Financial Times, ao Wall Street Journal aos peritos da rua novaiorquina do mesmo nome e à City de Londres, que periodicamente e com as habituais lágrimas de crocodilo pretendem “refazer-se da comoção” provocada pela crise da Eurozona de primórdios de 2010.  
O Reino Unido falha completamente a chamada “amputação preventiva orçamental”, fracassa na política social, designadamente no campo da saúde, envolve-se na aventura militar líbia e não consegue cercear as necessidades de financiamento público. A economia britânica que já se encontra em recessão vai acelerar a queda, correndo fortes riscos de fazer implodir a coligação no Poder, sobretudo depois do referendo sobre as reformas eleitorais. O  verdadeiro problema está, pois, em Londres e não nas capitais periféricas.

Todavia, o grande factor a tomar em linha de conta é a entrada dos EUA em austeridade e isto, sim, terá efeitos devastadores, à escala planetária.
Vejamos em breve síntese os 3 grandes pontos críticos:

* A crise orçamental, ou o modo como os Estados Unidos mergulham voluntariamente  ou a contragosto nesta austeridade necessária e sem precedentes que arrastará sectores inteiros da economia e das finanças mundiais.

* A crise dos “T-bonds”, ou seja das obrigações do Tesouro norte-americano, ou como o FED chega ao “fim do caminho” encetado em 1913 e deve, agora, confrontar-se com um krach, independentemente da camuflagem ou da manipulação contabilística escolhida.

* A crise do dólar, ou a forma como os sobressaltos da divisa dos EUA vão determinar a interrupção da Quantitative Easing 2, no segundo trimestre de 2011, será o começo de uma grande desvalorização (da ordem dos 30%, no espaço de algumas semanas).

O tsunami está à porta. Ninguém está seguro.


EUA – Sacrifícios fiscais, o défice e o inexorável afundamento dos Estados Unidos

Eis os comentários de um conhecido comentarista argentino pouco antes da publicação de um artigo sob o tema no jornal “El Pais”, abaixo transcrito.

“Esta historia del sacrificio fiscal la hemos escuchado en Argentina desde 1982. El sacrificio se ha dado sacrificando los salarios y estrechando el mercado nacional, en tanto nos volvíamos dependientes de importaciones básicas y salvadores de bancos y otros negocios privados.
Tarde llegó Obama a darse cuenta que sólo tuvo una oportunidad para poner de pie una vez más a Estados unidos, y la desperdicio. Hoy la declinación de ese imperio es evidente para los legos, tal como la pronosticó Paul Kennedy desde mediados de los 80’s.
Dos son los pilares de un imperio, su fortaleza económica y su fortaleza armada. La primera, desde la mitad de los 80’s estaba en USA siendo erosionada. La segunda, la derecha en sus apetitos de negocios, la ha puesto en duda.
Como un causa circular, la guerra ha agudizado la deuda pública y ésta la crisis económica, que ha afectado los ingresos fiscales –por menores impuestos- afectando aún más al alza la deuda pública, y así la crisis económica. No hay free lunch, sólo los ingenuos, como Obama, tarde se dan cuenta.
Cuando se quiere gobernar con todos, como en el bien común, se termina por generar un desgobierno. Se gobierna para todos, pero no con todos."


EL PAÍS 19/04/2011
Obama advierte que el déficit puede causar "serios daños" a EE UU y pide sacrificios fiscales. El presidente inicia una gira para defender sus medidas de recorte del gasto frente a las que proponen los republicanos y dice que confía en que ambos partidos lleguen a un acuerdo.- China pide "medidas responsables" al país norteamericano tras el aviso de S&P de rebajar su nota de solvencia

Barack Obama pide ayuda y comprensión a los ciudadanos frente a los recortes que vienen. En su primera parada de la gira que ha emprendido para explicar sus propuestas de reducción del déficit, el presidente de EE UU ha dicho que este desequilibrio en las cuentas públicas puede causar "serios daños" a la economía nortemericana. Ante una multitud de jóvenes en un colegio de Virgina del Norte, Obama ha dicho que habrá que hacer "pequeños sacrificios" fiscales y ha defendido sus medidas frente a las que proponen los republicanos, si bien confía en que ambos partidos lleguen finalmente a un acuerdo.

"Soy optimista. Nos hemos puesto de acuerdo otras veces. Creo que podemos hacerlo una vez más", ha afirmado el líder demócrata, después de criticar la propuestas republicanas y asegurar que su partido reducirá el gasto sin frenar las ayudas a la educación, la energía y la ciencia.

Obama viajará esta semana alrededor del país con el mensaje de que el Gobierno debe reducir su deuda y para ello tendrá que recortar gastos en Defensa y asistencia sanitaria, además de incrementar algunos impuestos. "Todos tendrán que hacer pequeños sacrificios", ha dicho el presidente, "también se los podemos pedir a los millonarios".

El presidente ha defendido su plan frente al de los republicanos, que a su juicio recortaría la misma cantidad de gasto pero de forma más dura, afectando a los programas estatales de asistencia sanitaria para mayores de 65 años (Medicare) y para las personas con bajos ingresos (Medicaid). "Voy a necesitar vuestra ayuda. No puedo permitirme teneros a todos como simples espectadores en este debate", ha dicho Obama a los jóvenes. "Hay un camino para resolver este problema de déficit de forma inteligente, que es compartiendo los sacrificios. Pero no puedo hacerlo si vuestras voces no son escuchadas", ha concluido, después de insistir en que los republicanos se niegan a que se compartan dichos sacrificios.

La gira del mandatario estadounidense comienza el mismo día que China, el mayor acreedor del país norteamericano, ha instado a Washington a adoptar "medidas responsables" para proteger a los inversores después de que la agencia de calificación de riesgos Standard & Poor's amenazase ayer con rebajar la nota de solvencia de la deuda de la primera potencia mundial por los problemas políticos para cerrar un acuerdo sobre cómo reducir el déficit público. Desde la Administración estadounidense, su presidente, Barack Obama, se ha mostrado confiado en que Demócratas y Republicanos lleguen "pronto" a un acuerdo, "aunque no será fácil y habrá fuertes desacuerdos", ha añadido.

"Esperamos que el gobierno de Estados Unidos se tome en serio las medidas políticas necesarias para proteger los intereses de los inversores", ha advertido el portavoz del Ministerio de Exteriores de Pekín, Hong Lei, en referencia a las actuaciones anunciadas por la Casa Blanca para reducir el déficit. China ha sido, en los últimos meses, blanco de las críticas de Estados Unidos por, según los argumentos de la Casa Blanca, mantener artificialmente devaluada su moneda, con lo que hoy el Gobierno de Pekín, que tiene cerca de 870.000 millones de dólares en bonos del Tesoro estadounidense, ha aprovechado el aviso de la agencia para devolverle las críticas.

Standard & Poor's ha puesto la calificación de EE UU, actualmente en el máximo o triple A que equivale a una matrícula de honor, bajo perspectiva negativa ante los problemas para llegar a un acuerdo antes de 2012 sobre cómo atajar los problemas presupuestarios a medio y largo plazo del país. "Si no se consigue un acuerdo y una adecuada aplicación para esa fecha, el perfil fiscal de Estados Unidos sería más débil que la valoración de una triple A", explicó ayer la agencia.

Antes de la intervención de Barack Obama, el secretario del Tesoro, Timothy Geithner, ha vuelto a mostrar hoy su rechazo a la decisión de S&P: "Estoy en desacuerdo", ha afirmado en una entrevista a la CNBC. En contra de la decisión de la agencia y en defensa de la actuación de Washinton, Geithner ha argumentado que la economía está mejorando y que están sustancialmente mejor que otros grandes países.

En cuanto a la pugna política, ha defendido en referencia a la posibilidad de un acuerdo que "si se escucha con atención a las dos partes, ambas entienden que hay que hacerlo y hacerlo juntos". "El presidente y el Congreso entienden que hay que emprender reformas para reducir los déficit a largo plazo, y que hay hacerlo de manera que no afecte a la fortaleza de la economía ni al ciudadano", ha añadido. "Podemos estar en desacuerdo en cómo hacerlo, sí podemos fijarnos objetivos comunes de reducción del déficit y ahorros", ha destacado.

sábado, abril 23, 2011

Portugal delirante 



Enviaram-me esta da Tugalândia, de autoria desconhecida ao que parece colectiva. Não resisto em publicá-la, com a devida vénia, obviamente:


Se soubesse o que sei hoje, não teria feito o 25 de Abril. Teria feito antes um bolo de laranja.
 - Otelo Saraiva de Carvalho.

É preciso nascer duas vezes para gostar mais do facebook do que eu.
 - Aníbal Cavaco Silva.

Não, categoricamente não.
 - Fernando Nobre, surripiando duas gelatinas de morango numa cantina do Burundi, quando perguntado se desejaria sobremesa.

Está tudo tudo bem, só tenho aqui uma dorzinha no ombro.
 - José Sócrates.


Fico melhor assim ou assim?
- Passos Coelho, treinando a pose de estado.

Assim.
 - Miguel Relvas.

Assim.
 - Marco António.


Portugal, o medo de existir fora da liga europa.
 - Título do próximo livro de José Gil, com prefácio redondo de Rui Santos (um dos 25 pensadores mais importantes da actualidade, segundo a revista «France Football») e caixa arquivadora.

Ainda há iscas de bacalhau com arroz de feijão?
- Pessoa do FMI, à hora de almoço.

Não confio nas agências de Ray Ting. Marco sempre viagens pela net.
- Eurodeputado, em geral desiludido.

Quando apago a luz, sinto uma imensa paz. Como se nada se tivesse passado. Comigo resulta.
 - Adepto do Sport Lisboa e Benfica.

Para mim, não há coisa melhor do que submarinos. Em águas profundas, é como se estivesse na feira de Espinho, num videoclip da Dina ou na Irlanda dos anos 90.
- Paulo Portas.

Se exceptuarmos uma dorzinha no ombro do sr. primeiro-ministro, penso que está tudo bem.
 - Pedro da Silva Pereira.

Em princípio, vou votar no Bloco A.
 - Vera Roquete.

Esta semana, nas palavras cruzadas do Finantial Times (sobretudo nas verticais), percebe-se com clareza que Portugal, os Bancos, e toda essa gente, como eu tenho vindo a dizer.
 - Clara Ferreira Alves.


Amorzinho?
- Yannick Djaló.

Sim, amor.

 - Luciana Abreu.

Silva Pereira


Consultando notícias já com barbas, deparo com a recomendação do Ministro Silva Pereira aos finlandeses solicitando-lhes "bom senso", quando do acto eleitoral de há dias, para evitar que a Tugalândia ficasse entalada (ou mais entalada), como, de facto, está.
Será que Portugal e o seus governantes devem pedir bom senso aos finlandeses quando não o tiveram quando se endividaram? E afinal quem é Silva Pereira para mandar recados a esses povos a Norte do Porto e a Leste do Paraíso?

quinta-feira, abril 21, 2011

Um Governo de Merda, num país de Caca, numa situação infecta (2/3)


Creio que me assiste o direito inalienável de me indignar - e do qual jamais abdicarei -, após, verificar, durante anos e anos, com as governações do PS (em quem não voto) e do PSD (com quem não me identifico),  a inevitável queda no abismo, que impediu e impedirá, objectivamente e por inúmeras, gerações, o nosso país de saír do atoleiro em que se encontra. Foi com inconsciência, com incompetência, com ineficiência, com mentiras, com os fogos fátuos destas governações bacocas e primárias que estamos onde estamos.  Afundaram Portugal, continuamente, alegremente, irresponsavelmente, não só com obras faraónicas, num modelo de desenvolvimento irrealista e demente, num keynesianismo mal estudado e colado com cuspo, sem qualquer vislumbre de viabilidade, construindo loucamente Expos-98 para alimentar o ego, estádios de futebol sem espectadores e auto-estradas sem tráfego, concomitantemente, distraindo o Povão com temas importantíssimos tais como os direitos dos homossexuais, o casamento gay ou o aborto. Para tais mentecaptos, o país real sempre lhes passou ao lado. Portugal viveu, no curto ou no curtíssimo prazos, sem estratégia, sem rumo e, sobretudo, sem esperança.  Não, não vou por aí, como dizia o José Régio. Jamais irei, acrescento eu.
Como português e patriota não posso assistir impassível ao supremo vexame a que o nosso país está a ser submetido. E que ninguém me venha dizer que há mais culpas de a, de b ou c, pois todos somos culpados, incluindo você, internauta e leitor amigo e eu, muito naturalmente, claro,  uns mais do que outros. O meu grito é um grito da alma, um clamor de revolta sentido, por tudo aquilo que estamos a sofrer e por todas os tormentos a que iremos ser sujeitos, a curto, médio e longo prazos.
Penso que chegámos ao termo de um ciclo económico e, igualmente, ao termo de um ciclo político. Crescentemente, os sintomas emergem um pouco por toda a parte, uns mais significativos, outros não. Estou certo de que a prazo, tudo terá de mudar. É possível que não assista a nada disso, mas as gerações mais novas irão testemunhar a grande mudança e, podem crer, que ela virá.
Todos nós temos os nossos ideais, mas não podemos votar clubisticamente em X, Y ou Z, porque somos mais para um lado do que para o outro. Temos de analisar o balanço do que fizeram e o que, agora, propõem. Temos de votar, muito à maneira anglo-saxónica, por temas, por assuntos, por posicionamentos em relação às diferentes matérias em discussão e não pelo "clube" do bairro ou da nossa juventude. Temos também de votar em gente incorrupta, que não minta, que não se contradiga e que não hesite. Esse é que se me afigura ser um voto responsável e não serão os partidos tradicionais (os "clubes") a monopolizarem o nosso sentido de voto. Somos livres e não nos submetemos. 
Acresce que o sistema tem ser reformulado de alto a baixo, garantindo uma maior voz à cidadania, às organizações não governamentais, aos núcleos de base, ao homem da rua (isto não é demagogia, é a democracia real e é possível!). Não podemos estar sujeitos à partidocracia dominante e que tantos prejuízos nos tem trazido. Se eu sou, por exemplo, candidato deputado pelo PS por Viana do Castelo (escolhido pela máquina partidária, sem qualquer consentimento dos meus concidadãos), uma vez eleito mando Viana do Castelo às urtigas. Não respondo perante o eleitorado, mas, sim, perante, o Largo do Rato. Será isto democrático?
Estamos atascados em merda, da mais pura e da mais genuína!
Assunto a ser seguido!

Um Governo de Merda, num país de caca, numa situação infecta (1/3)


Este governo, que levou o país ao limiar da insolvência e ao vexame supremo de ver Portugal ser governado por um “troika” de interesses estrangeiros, beneficia de 30 e não sei quantos por cento de intenções de voto e, segundo sondagens recentíssimas, poderá mesmo ultrapassar o PSD, repetindo a dose de 2009: i.e., maioria relativa. Em qualquer outro rincão do mundo, o PS de Sócrates não obteria nem 7% dos sufrágios, isto, bem entendido, com vento a favor e em plano inclinado. O PSD pelas asneiras cometidas, contradições, mentirolas, hesitações, desnorte também não teria um grande “score” e, logicamente, pouco mais teria, mas Portugal é assim mesmo. Seria expectável uma subida espectacular do CDS-PP, à direita e da esquerda radical (PCP, PEV,  BE). Mas, não. Nada disto sucede. Tudo como dantes, Quartel-general em Abrantes. Poderia surgir uma outra força, a emergir da cidadania autêntica que pugnasse por uma outra visão da democracia e que desse a voz a quem nunca a teve.
Estou convicto que teremos de fazer uns estágios rápidos de democracia à pressão na Somália ou na Birmânia.
Seria boa ocasião para verem e ouvirem o que Rómulo Machado, militante socialista, disse no XVII Congresso do seu partido. Tem coragem e tem-nos no sítio.
Meus amigos, temos de nos juntar para uma mudança do sistema e acabar com a partidocracia, que nos tem (des)governado, e com  os falsos independentes (Fernando Nobre, entre outros) que pactuam com o "establishment".
Temos de dar a volta a isto. O regime esgotou-se.  

Ainda o Congresso das Múmias



Falámos em tanta coisa, mas esquecemo-nos de uma: a grande múmia, a mais provecta, a mais sinistra e a que ainda nos provoca calafrios. Referimo-nos a Almeida Santos (lembram-se dos seus tempos de Moçambique? E quando foi Ministro da Administração Territorial? E quando foi Presidente da AR? E da Maçonaria? Pois, o homem ainda existe, mumificado, mas existe)
Como nota final sobre o Congresso, gostámos do New Look de Sócrates, passou muito rapidamente de Dr. Pangloss a Pinóquio e agora a Kim Il Sung. Eleito por aclamação por 95% dos delegados, é obra, nem na Albânia de Enver Hoxha.  
Viva o nosso querido e bem amado líder!

A mal e à força 


Do "Correio da Manhã" (edição de 18 do corrente), dado o seu interesse,  com a devida vénia,  transcrevemos o editorial de A. Ribeiro Ferreira

"A mal e à força

Umas dezenas de personagens desta triste Pátria falida andam por aí a pedir um compromisso nacional. Trocando por miúdos, querem um acordo a prazo entre os principais partidos políticos para limpar a casa. Uma conversa fiada que apenas serve para aliviar as consciências democráticas de muitas almas com gravíssimas responsabilidades na porcaria a que isto chegou. Todos sabem que só nos 48 anos da ditadura de Salazar as contas andaram certinhas e o País até se podia gabar de ter umas invejáveis reservas de ouro. Dito de outra forma, é impossível manter a ordem com os indígenas à solta, os políticos a comerem à tripa forra da gamela do Estado e os empresários a viverem à pala dos dinheiros públicos. Os apelos manhosos ao consenso não servem para nada. Hoje como ontem, isto só lá vai a mal e à força."

domingo, abril 10, 2011

Congresso das Múmias


Foi interessante ver o cortejo de múmias no magno comício...perdão, Congresso...do PS. Sócrates, nesta reunião, a lembrar muito as do Partido Comunista da União Soviética de outrora, foi reeleito na qualidade de candidato único, com programa único e com discursos não diria únicos, mas todos a afinarem pelo mesmo diapasão. A crise não foi mencionada (ou foi-o raramente), por conseguinte não existe ou é quase irrelevante. Sócrates  y sus muchachos, de bandeira nacional em riste (nada de flâmulas rosas - muito curioso!) são vítimas de uma terrível maquinação. Coitadinhos! Foram buscar múmias que estavam longe (Ferro Rodrigues) ou que têm andado distantes do Sr. Pinto de Sousa (Manuel Alegre) para compôr o quadro. Será que isto faz ganhar votos? Mas será que acreditam mesmo nisto?
 Como nota final, como é que é possível que Sócrates e o PS ainda consigam 30 e pico % das intenções de  voto nas sondagens de opinião? O País delira, é inconsciente ou está distraído? Em qualquer outro país europeu e depois de tudo o que se passou, nem 10% teriam...A Irlanda é um bom exemplo...mas, infelizmente, estamos na Tugalândia.

Crise? Qual crise? Ou a crise chama-se Sócrates?


Em termos meramente conjunturais,  analisando, a situação actual, é mais do que óbvio que o pedido de ajuda externa já devia ter sido feito, há muito tempo. Isto para evitar que o país entrasse em bancarrota que, agora, à beira do precipício e sob a ameaça de ser empurrado para o vazio pelos banqueiros, Sócrates atirou com a toalha para o ringue e, contrariando tudo o que disse e redisse, desistiu, mas desculpou-se, sempre, com os outros. Lembra os meus colegas da escola primária. Perguntava, então, a professora: Quem é que fez xixi atrás da escada? Não fui eu, foi aquele menino...Eu, não, senhora professora...Pueril! Simplesmente, pueril!
E agora? O que é que se vai passar? Em linguagem chã e corrente: é manifesto que vamos mais uma vez tapar buracos e atamancar as coisas, o que nos permite respirar um pouco, durante quanto tempo não se sabe bem ao certo, mas não nos resolve coisa alguma, ou seja não nos resolve nenhum dos problemas de fundo.
Enfermamos de várias questões verdadeiramente angustiantes: no que respeita às grandes opções: deveríamos ter entrado, como entrámos,  na U.E., no mercado único, na Eurozona? Seríamos capazes de respeitar os critérios de coesão e convergência? Enfim, cada um que responda como sabe e quer a estas perguntas, mas é a altura de as fazer.
Para clarificar as coisas, vamos apontar os dedos a alguns culpados, essencialmente  a dois: ao Governo cessante e aos banqueiros. Não, desta feita, não vamos perder tempo com a crise do sub-prime e o meltdown de 2008, assunto mais que explicado, reexplicado e repisado. Não nos vamos referir à fraca resposta da Europa à crise, idem, idem, aspas, aspas. Nem tão-pouco aferir da responsabilidade colectiva do “bom Povo Português” nestas andanças, porque a tem. Mas, não, não vamos por aí.
Li algures em mensagem que me enviaram que "o endividamento desenfreado, irresponsável e criminoso foi a regra de ouro dos governos que por aqui passaram nos últimos tempos. " Com efeito, um Governo que gastou desregrada e despudoramente, durante décadas (a questão já vem de longe, como a fama do velho brandy “Constantino”), que não impôs regras, que não deu o exemplo, que permitiu todas as corrupções e mais alguma, que não agiu como árbitro e que não se impôs em situações em que tinha de o fazer, que não é, nem foi, credível, cuja inépcia é notória e  a incapacidade consabida, jamais soube facultar resposta adequada  à questão de fundo:  ou seja,  a sua total falta de estratégia de governação. Um Executivo que não sabe o que significa a expressão "longo prazo", patenteando a sua total incompetência e o mais completo desnorte. Vamos de PEC em PEC sem solução à vista. É o Pec 1, é o PEC 2, depois é o 3 e segue-se o 4. Quando é que se acaba com esta "pequeria" toda?
Os governantes deviam tomar as medidas que se impunham de uma vez por todas e deixarem-se de saltar de plano de contingência, para plano de emergência, deste para plano de urgência e daqui para plano de sobrevivência  porque os cidadãos não vêem luz ao fundo do túnel, mas, antes,  um mar de mentiras e de aldrabices.
Por outro lado, nesta crise não se fala (ou fala-se pouco) na responsabilidade da banca e dos banqueiros. Neste paricular,  o que se passou foi o desregramento total, numa cultura de irresponsabilidade e de impunidade . Facilitou-se o crédito a proporções inimagináveis sem qualquer controlo. Fomentou-se o regabofe, numa base diária, permanente e universal, desde o crédito para a casa, ao automóvel, às  férias e ao cartão Visa. Mas os banqueiros e a banca não são de cá...não têm nada que ver com o assunto. São todos meninos de coro!. Quem é que os chama à pedra? Quem é que os responsabiliza? A banca nada fez e o Governo ainda menos.
Depois a banca beneficiou largamente com a crise. Pede emprestado ao BCE a 1% e  empresta ao Estado a 5 ou a 6. Daí os lucros fabulosos que aufere.

A crise pode ter vários nomes, mas a crise chama-se Sócrates. Assunto a seguir.

sexta-feira, abril 08, 2011


Portugal - Crisis, what crisis?
Interessa saber o que os outros pensam e dizem de nós, sobretudo neste momento crítico da vida lusitana. De Norte a Sul, de Leste a Oeste, no mundo em que vivemos, de facto ninguém nos trata com particular simpatia. Do "Pravda" de Moscovo, edição de  26.03.2011, apesar de não concordarmos com tudo, com a devida vénia, transcrevemos o artigo de opinião em questão: 


"After Prime Minister José Sócrates presented his resignation to President Anibal Silva on Wednesday, the Portuguese mass media indicates a new legislative election at the end of May. However, this is not the only option open to the President. After decades of mismanagement, reality slams Portugal square in the face. What happens now?
If you build a house of cardboard on the sand and without solid foundations, then throw away the few stones anchoring the structure to the ground, it is natural that it will collapse with the first gust of wind, the first drops of rain, the slightest pressure from within. Quite how Portugal's cardboard house survived the 37 years since the 1974 Revolution is maybe a comment on the resilience of this people who seem to perform miracles getting things done with last-minute panic measures. In Portuguese it is called "desenrascar" (get out of trouble, somehow). This time, however, not even Houdini would escape.
Today, reality strikes Portugal and the Portuguese square in the face. Quite whose fault it is, is patently obvious: for a start, those political forces in positions of control since 1974 (namely the PSD - Social Democrats and PS - Socialist Party, both centre-right these days, sometimes in coalition with CDS-PP - Christian Democrats - Conservatives) and principally, the team of then Prime Minister and now President, Aníbal Silva, through whose hands billions and billions poured and who demonstrated neither the capacity nor the vision to invest that money adequately to make sure Portugal rose to the challenge.
Whether or not it was entirely his fault is another question. Was Portugal really prepared to enter the European Community back in 1986? Was Portugal really prepared to enter the Eurozone in 1999? Was Portugal ready to face the challenges imposed by the Convergence Criteria in the ensuing years? Does the EU actually work?
Over the years, successive Portuguese Governments received rivers of money which, it is now patently obvious, was abominably badly managed. EU membership saw the cities receive a facelift and in a few years bridged the decades which had separated Portugal from the rest of Europe. Thirty years ago, the Portuguese would describe themselves as "fifty years behind". Today, Lisbon is a modern capital city with as many modern facilities, or more, than its peers.
But the same Governments sold Portuguese industry down the river, destroyed Portuguese agriculture and lost fishing rights. Portugal, with one of the largest Exclusive Economic Zones in the world, has not taken advantage of its resources, mainly because they have been sold off... or simply lost. It is therefore hardly surprising that the young people of today feel there are no jobs to go to.
They are right. They have been destroyed. The massive demonstration a couple of weeks ago across Portugal by the Young Generation (and older members of society) was a wave of revolt not necessarily against the Government of José Sócrates but a tsunami of frustration against abominable governance since 1974.
Where did Sócrates go wrong?
As Minister of the Environment (1999-2002), José Sócrates wrote his CV as a candidate for the office of future Prime Minister. He showed competence, determination, vision and intelligence. Yet this determination was soon to be taken as arrogance and lack of transparency as a growing cloud gathered over his head and people who levelled accusations against him (none of which have reached the Courts) felt threatened. Some were even driven from their jobs for daring to criticise him. True, his Government had to face the financial and economic crisis as the market oriented capitalist model lurched from disaster to catastrophe and true, there have been forces at work in the international community snapping at Portugal's heels for over a year now.
For some, the idea of a Portuguese bail-out is very attractive. Next stop, Spain and pop! goes the Euro.
In politics, it is not necessarily what you do but how you are perceived to do it, which writes your epitaph. The recent decision to reduce VAT on golf when the family budget to eat is pushing even the middle class to breaking point - and if the interest rates rise, there will be a public calamity in Portugal - was perhaps the symptom rather than the cause. The fact that the Government of José Sócrates had had to push through three special austerity budgets (Stability and Growth Programme, PEC in Portuguese) in recent months, each one more punishing than the last, before presenting PEC IV to Parliament on Wednesday, gave off signals that neither the Prime Minister, nor the Government, knew what it was doing, amid real contestation on the streets and a continuation of dismal socio-economic indicators which have seen Portugal slide down the development classification to near the foot of the EU table.
In each austerity package, the Government had claimed that the measures would be enough to reach the objectives - yet the measures themselves were also extremely unfair socially and reflected policies which could only prove negative to the development of the economy. If we compare the socially progressive policies put forward by real Socialist Governments in Latin America, which avoided the economic crisis with the reactionary and repressive policies adopted in Europe (including by the Government of José Sócrates) and the tremendous social impact they incurred, then we have the answer to the questions.
The future
Strange though it may appear, not many media outlets in Portugal are yet postulating a real possibility - namely that instead of calling another general election (the last was 2009), President Silva has the power to nominate a Government of National Unity. The first option would no doubt bring another hung Parliament, with José Sócrates again leading the Socialist Party claiming that the Opposition was irresponsible in failing his emergency package at such a delicate time and exploiting the inexperience of Pedro Coelho, the leader of the largest opposition party, PSD.
The smaller parties with seats in Parliament (CDS-PP, CDU - Communists and Greens and Left Block) and others without representation, might manage to captivate more votes but the outcome would be once more the Portuguese banging their heads against the same two walls hoping that finally something might happen. If it hasn't for 37 years...
The second would work better if President Silva had the emotional intelligence to appoint a Government and more importantly, a figure, around whom a national consensus could be formed. He would be more likely to choose a figure from the past and with firm connections with his party, PSD. Let us however follow the lead of the Portuguese media and place this option in the background.
As for what happens next, whatever the case, nothing is going to make any difference at all until Portugal faces up to its weak points and does something about them.
Unity, humility, responsibility, transparency - and end the lobbies
What the Portuguese need to do, and until now have been incapable of, is the capacity to sit together and draw up a national plan in the short- and medium-term at least, which goes above and beyond the cosmetic whims of petty party politics. What Portugal needs is to establish benchmarks after broad consultation with all players involved and then to follow up and make sure they are being followed.
What Portugal needs is to sweep aside those thousands of leeches who suck the country dry, gravitating around the positions of power and control - an army of invisible, opaque and grey barons who make a living at the expense of the rest of the country. These are the lobbies, these are the boys for whom the jobs are reserved.
What Portugal needs is to show more humility, and this comes with accepting responsibility. This in turn passes by the need for properly drawn up job descriptions so that not only do people know what they are supposed to do, but can be held accountable if they do not fulfil their obligations. This also means that if some poor kid presses a button and gets his brains fried in a public street, the system does not push the poor parents around from court to court, then file the case as void, because the time to act has elapsed - and would eliminate the "Portuguese ping-pong scenario" whereby one tries to legalise something and spends days, weeks or months being sent from department to department to department, each one saying "it isn't here where you should be".
Responsibility and job descriptions also mean a different work ethic, in which the innate productivity of the Portuguese (who prove themselves to be excellent workers abroad but unproductive at home) could flourish - greater responsibility, more freedom, as per fulfilling the job description within the timetable stipulated, leaving work at the proper time, like in other countries, and having something called "a life" away from the office. This implies having a family/home life and enjoying leisure time, in turn creating jobs, not hanging around at work until midnight because "it is expected" by some failure/control freak without a private life to go home to.
Transparency is the last quality lacking in Portugal. What is the real state of the public finances? Why does nobody explain them clearly to the people? Why does nobody adopt the stance of a teacher with a blackboard and piece of chalk and say clearly where they are and where they need to go? Transparency means knowing the curriculum of those in public office, those leading the institutions - who they are and what their competences are.
Traditionally, Portugal has proven incapable of facing up to these shortcomings - the reaction to criticism, especially from foreigners, is aggressive and protective and there is even a phrase in Portuguese, quem não está bem, que se  mude - if you don't like it, clear off; basically this is an excuse to carry on making the same old mistakes and making the minimum effort.
The time for sweeping the dirt under the carpet is over. Time to listen and to act. The cardboard house is rotten. And the storm is coming. Portugal - it's now or never.
Timothy Bancroft-Hinchey
Pravda.Ru"
Líbia - mercenário alentejano


Mercenários estrangeiros combatem ao lado das forças governamentais e insurgentes na Líbia. Eis a prova da participação de um mercenário lusitano, mais precisamente alentejano na guerra civil daquele país.

quarta-feira, abril 06, 2011

Louvor louvado de Pedro Lourtie




Reza assim o despacho do jovem Secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Pedro Lourtie, ainda antes de saber que ia para casa (mas já previsivelmente previa):
"...venho prestar público louvor ao trabalho desenvolvido pelo Centro Solvit Portugal, sediado na Direcção-Geral dos Assuntos Europeus pelo notável trabalho que tem vindo a desenvolver em prol da correcta aplicação da legislação do mercado interno e da resolução dos problemas práticos com que se confrontam os cidadãos e as empresas”..
Esta prosa de Pedro Lourtie rivaliza com a do seu amado chefe,  devem ambos  ter aprendido a escrever português na mesma Universidade.
Lapalisse fazia melhor? Duvida-se...

Saberá Pedro Lourtie o que é redundância, ou será ele próprio redundante?

segunda-feira, abril 04, 2011

“SIM, CHORO POR TI, ARGENTINA” DE MÁRIO VARGAS LLOSA


TRATA-SE DE UM EXCELENTE ARTIGO DO CONSAGRADÍSSIMO PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA QUE DESCREVE MUITO BEM O LONGO PROCESSO DE DECADÊNCIA DO GRANDE PAÍS SUL-AMERICANO. CURIOSAMENTE, A CLASSE DIRIGENTE ARGENTINA - UMA VEZ QUE TERIA DE SER A PRIMEIRA INTERESSADA EM RESOLVER A QUESTÃO - NÃO CONSIDERA ESTE ASSUNTO COMO TEMA RELEVANTE PARA O DEBATE INTERNO. MAIS. ESSE DEBATE REDUZ-SE, NO FUNDO, A QUESTÕES MERAMENTE PESSOAIS E QUASE NÃO TOCA EM PROBLEMAS POLÍTICOS, SOCIAIS OU ECONÓMICOS, O QUE TALVEZ SEJA UM OUTRO SUB-PRODUTO DA DECADÊNCIA.

ALGUNS PENSAM QUE É TRISTE, MAS A REALIDADE É ASSIM MESMO E NÃO SE PODE ESCAMOTEAR.

 "SI, LLORO POR TI ARGENTINA"
de Mario Vargas Llosa.

Argentina, un país que era democrático cuando tres cuartas partes de Europa no lo eran, un país que era uno de los más prósperos de la Tierra cuando América Latina era un continente de hambrientos, de atrasados.

El primer país del mundo que acabó con el analfabetismo no fué Estados Unidos, no fué Francia, fué la Argentina con un sistema educativo que era un ejemplo para todo el mundo. Ese país que era un país de vanguardia.
¿Como puede ser que séa el país empobrecido, caótico, subdesarrollado que es hoy? ¿Qué pasó? ¿Alguien lo invadió? ¿Estuvieron enfrascados en alguna guerra terrilble?.

Nó, los argentinos se hicieron eso ellos mismos. Los argentinos eligieron a lo largo de medio siglo las peores opciones.

Eso es. El peronismo es elegir el error, es el partido de los resentidos más aberrantes, llenos de odio, de rencores viscerales, fascistas, enfermos de rabia inexplicable hacia todo lo bueno que sea diferente a su manera radical y fanática de ver las cosas, son por lo general incultos, ignorantes, mediocres de mediocres!. El peronismo es perseverar en el error a pesar de manera masoquista, enfermiza, en las catástrofes que se le han ido sucediendo en la historia moderna del país.

¿Como se entiende eso? Un país con gentes cultas, absolutamente privilegiado, una minoría de habitantes en un enorme territorio que concentra todos los recursos naturales. ¿Por qué no son el primer país de la Tierra? ¿Por qué no tienen el mismo nivel de vida que Suecia, que Suiza?

Porque los argentinos no han querido. Han querido en cambio ser pobres. Seguir a "caudillos" de pacotilla, "salvadores" de porquería, locos, desquiciados por su mismo odio a todo lo que sea diferente a su locura. Han querido vivir bajo dictaduras, han querido vivir dentro del mercantilismo mas espantoso. Hay en esto una responsabilidad del pueblo argentino.

Para mí es espantoso lo que ha ocurrido en Argentina. La primera vez que fui allí quedé maravillado. Un país de clases medias, donde no había pobres en el sentido latinoamericano de la pobreza. ¿Cómo pudo llegar a la presidencia una pareja tan diabólica, manipuladora, populistas en grado extremo, corruptos de calle como los Kirchner gobernando ese país?. Al menos ya uno no está!. Esperemos que la que queda no pueda seguir hundiendo a ese otrora gran país argentino!.

Sin embargo, a juzgar por sus diabólicas relaciones estrechísimas con el desquiciado, paria, bestia troglodita, de la extinta y queridísima República de Venezuela, todo parece indicar que ahora "Cristinita" se apegará aún más a ese escoria, aprendíz de dictadorzuelo, quien ya bastante le ha financiado su mandato a costa del noble pero incomprensiblemente inerte pueblo Venezolano. ¡Qué degradación política, qué degradación intelectual!
Argentina y Venezuela, dos países extraordinarios vueltos pedazos por una sarta de demoniacos desquiciados!!!
Por eso me pregunto ¿Cómo es eso posible?

Mario Vargas Llosa
(Madrid , España)

Nota final: Mário Vargas Llosa quando escreve, não escreve por escrever, nem escreve bonito numa espécie de onanismo intelectual, escreve bem e tem, de facto, coisas para dizer. 
Leiam a última obra-prima de MVL "El sueño del celta", cuja tradução creio que já  está disponível em versão portuguesa e que ilustra bem o que refiro.