quinta-feira, outubro 28, 2010

Quo vadis, Portugal? (II parte de muitas, variadas e interessantes partes)



Depois do “chumbo”, i.e do falhanço das negociações interpartidárias, temos de ponderar bem no rumo a seguir pelo país, para que não seja um “Estado falhado”, pois vai, rapidamente e em força, a caminho dessa situação.
Vejamos:
A) Não são possíveis despedimentos maciços na Função Pública, sem embargo de muitos dos salários auferidos por esses funcionários se situarem bem acima da sua produitvidade real. As despesas têm de ser reduzidas para níveis sustentáveis. Esta é uma verdade Lapaliciana que tem de ser pacificamente aceite. Nesta conformidade tem de se pensar seriamente numa política de despedimentos na Função Pública que comece por eliminar da força de trabalho os que não são objectivamente rentáveis.  Isto é muito duro, mas tem de ser feito. O PS “engordou” a F.P. com um conjunto avultado de excedentários (dezenas de milhares), terá agora de resolver o problema. Todavia,  solução poderá não ser constitucional. Então, altere-se a lei fundamental, o que é perfeitamente possível.
B) Temos de acabar com as parcerias público-privadas e privatizar o que tem de ser privatizado, o rentável e o não rentável. Se no caso dos transportes,o défice é endémico, as pessoas que encontrem alternativa (vão  à boleia, de bicicleta, de trotineta ou a pé). Se viajam de avião que apanhem um voo “low cost”. Repetimo-nos, visto que já o dissemos em "posts" anteriores: o  Estado não tem vocação para voar aviões ou fazer andar os comboios, excepto para fins exclusivamente militares ou de protecção civil. O Estado não deve ter bancos seus, pois não é banqueiro, nem tem a menor noção do que é a actividade bancária e quando a tenta levar a cabo faz asneira da grossa. O Estado não deve ter empresas de telecomunicações, sejam elas quais forem. O Estado não faz televisão, só em regimes ditatoriais, como no ex-bloco de Leste e nas ditaduras terceiro-mundistas. Acabem com estas merdas todas, s.f.f.!
C) O Estado existe, é um mal necessário, mas nada produz e só gasta. Nesse caso, tem de reduzir as despesas ao mínimo indispensável para sobreviver e é imperioso que se auto-controle. Ponto final!
D) Em Portugal não existem elites, porque os que estão e julgam que aí se encaixam não tem capacidade para se qualificarem como elite e os que poderiam sê-lo já abandonaram o país. Indiquem-me uma só personalidade capaz de planear e mobilizar o país para um projecto a 20 ou 30 anos, a nível global e sectorial. Todos os politicos-politiqueiros pensam nas próximas 24 horas, na próxima semana e os de espírito mais aberto talvez no próximo mês. As próprias classes sócio-profissionais falharam redondamente: os advogados, os juízes e os magistrados do Ministério Público na Justiça; os médicos e os enfermeiros na Saúde; os professores, na Educação; os militares e equiparados nas Forças Armadas; os diplomatas na política externa, etc. etc. etc. Todos sabemos do que estamos a falar. Não vale a pena pôr mais na carta.
E) A democracia baixou o nível médio dos agentes políticos que são plena e efectivamente ineptos, desprovidos de quaisquer qualidades, visão de longo prazo ou de ética.
F) A função reguladora do Estado falhou. O caso dos bancos é o mais evidente, mas também não conseguiu impor níveis mínimos de qualidade na educação, na justiça e na televisão dita de serviço público (que pura e simplesmente não devia sequer existir) e que serve para entreter (leia-se, embrutecer) as massas
G) O Estado tem de racionalizar os serviços sociais que providencia à população e, em período de vacas magras, terá de cortar nalgum lado. Não podemos em termos percentuais do PIB gastar muito mais do que os nossos parceiros e é o que temos feito alegremente e sem pesos na consciência.
H)Os portugueses têm de se consciencializar que são  novamente emigrantes, mas que, agora, não irão para os “bidonvilles” de Paris limpar a merda que os franceses não queriam limpar. Hoje, são os melhores, os mais qualificados que batem a sola e dão com os pés neste “jardim à beira mar plantado”. Esta situação vai conduzir o país a um deserto em termos de qualificações académicas e profissionais, ficando apenas com as “mulas da cooperativa” e o Zé da Adega. Um país sem elite, sem ideias, sem homens e sem rumo!
I)  A geração do 25 de Abril desperdiçou estultamente 3 lotarias: as reservas de ouro do dr. Salazar que para aí ficaram; as privatizações e os generosos fundos europeus, deixando aos seus filhos e gerações vindouras como legado uma dívida incomensurável e um país inviável. E ninguém, mas ninguém, é chamado à pedra? Puta que pariu…
J) Temos de desfazer, de uma vez por todas, cabalmente certos mitos que alguma esquerda caviar ou alegrete não aceita por esquizofrenia pura: o período de maior expansão económica em Portugal foi, apesar da Guerra dita colonial ou do Ultramar ou de Libertação nacional (enfim chamem-lhe o que qusierem) a década de 60 (os números atestam-na de modo inequívoco). Tais níveis jamais foram atingidos nas décadas de 80 e 90. É pois mais do que legítimo questionar o sistema em que vivemos. É legítimo questionar o regime. É legítimo pôr-lhe fim.
Finalmente,a primeira república foi o  reinado do terror, com os nossos Robespierres lusitanos; a monarquia tal como a ditadura (ou a dita mole - o país era e é de "brandos costumes") caíram de podres, mas, ao menos tinham a casa arrumada. A História julgará a nossa época como a das oportunidades perdidas. Esta louvável intenção de atribuir uma maior partilha de poderes e de responsabilidades entre todos os cidadãos da res publica, no espírito de uma certa generosidade democrática,  não conseguiu, uma vez mais, resolver os problemas que se propunha resolver. Era quimérica e pueril.
Fomos traídos!
No fundo, pensavam que estávamos todos etilizados e que era fácil sodomizar bêbados.
Enganaram-se, alguns ainda estão sóbrios!

domingo, outubro 24, 2010

Direitos Humanos - Dos assassinados para os assassinos





GENIAL LA FRASE FINAL , NO??.... "LOS DERECHOS HUMANOS SON PARA LOS HUMANOS DERECHOS " !!!!.

Hace poco, las madres de PANDILLEROS encarcelados, realizaron una manifestación, exigiendo los "DERECHOS" de sus hijos. 
Acá está la respuesta de una madre ciudadana, hacia la madre que protestaba. 
DE MADRE A MADRE: 
"Vi tu enérgica protesta delante de las cámaras de TV, en la reciente manifestación en favor de la reagrupación de presos y su transferencia a cárceles cercanas a sus familiares, y con mejores prestaciones. Vi cómo te quejabas de la distancia que te separa de tu hijo, y de lo que supone económicamente para tí, ir a visitarlo como consecuencia de esa distancia. 
Vi también toda la cobertura mediática que dedicaron a dicha manifestación, así como el soporte que tuviste de otras madres en la misma situación y de otras personas que querían ser solidarias contigo, y que contabas con el apoyo de algunas organizaciones y sindicatos populistas, comisiones pastorales, órganos y entidades en defensa de los derechos humanos, ONGs etc. etc. 
Yo también soy madre y puedo comprender tu protesta e indignación. 
Enorme es la distancia que me separa de mi hijo. 
Trabajando mucho y ganando poco, idénticas son las dificultades y los gastos que tengo para visitarlo. Con mucho sacrificio sólo puedo visitarlo los domingos, porque trabajo incluso los sábados para el sustento y educación del resto de la familia. 
Felizmente, también cuento con el apoyo de amigos, familia, etc. 
Si aún no me reconoces, yo soy la
madre de aquel joven que se dirigía al trabajo, con cuyo salario me ayudaba a criar y mandar a la escuela a sus hermanos menores, y que fue asaltado y herido mortalmente por balas disparadas por tu hijo. 
En la próxima visita, cuando tú estés abrazando y besando a tu hijo en la cárcel yo estaré visitando al mío y depositándole flores en su tumba, en el cementerio. 
¡Ah! Se me olvidaba: ganando poco y sosteniendo la economía de mi casa, a través de los impuestos que pago, tu hijo seguirá durmiendo en un colchón y comiendo todos los días. O dicho de otro modo:seguiré sosteniendo a tu hijo malhechor. 
Ni a mi casa, ni en el cementerio, vino nunca ningún representante de esas entidades (ONGs), que tan solidarias son contigo, para darme apoyo ni dedicarme unas palabras de aliento. 
¡Ni siquiera para decirme cuáles son MIS DERECHOS! 
¡Si estás de acuerdo con esta carta, hazla circular!.
 
Quizás entre todos, podamos revertir estos valores que existen en nuestro país, donde los delincuentes, ladrones, terroristas y corruptos tienen más derechos que los ciudadanos honrados y trabajadores, que sólo queremos vivir en paz.

¡ LOS DERECHOS HUMANOS SON PARA LOS HUMANOS DERECHOS !
Quo Vadis Portugal? 



O draconiano Orçamento de Estado proposto pelo Governo dito socialista, mas na essência liberal, do senhor José Sócrates, vai exigir ao Povo português sacrifícios incomensuráveis, num momento em que a Nação tem o astral em baixo e sente que se encontra bem no fundo de um atoleiro, cujo horizonte último é a miséria. Mais. As gerações vindouras e o respectivo futuro ficam irremediavelmente comprometidos com as políticas destes governantes ineptos que só se revelam capazes na mentira soez e peritos no roubo descarado

O Primeiro Ministro José Sócrates, após ter lançado medidas de austeridade de uma extrema dureza, designadamente o aumento de impostos directos (IRS) e indirectos (IVA que atingirá o nível recorde de 23%), o corte de n prestações sociais, o congelamento de salários e de carreiras, medidas umas demasiado violentas e outras meramente cosméticas, foram tomadas num clima de política quase laboratorial por pseudo-políticos ou pseudo-académicos (não sei bem como os qualificar) despóticos, arrogantes e altivos desprovidos de qualquer contacto com o mundo real. Uma experiência muito similar à do dr. Frankenstein só que a culpa não recai num só homem e num só grupo. Necessitando de um parceiro para o tango, Sócrates fez um convite à dança ao PSD, que caiu como um patinho no primeiro PEC, mas que, agora, muito embora não tenha disposição para dançar, não conseguirá evitar “the last tango ...in Lisbon”. Só que não permitirá dançar muito  agarradinho e terá cuidado com as voltas e meias-voltas, porque pode espalhar-se ao comprido.

Mas qual é o objectivo destas danças e contra-danças? Reduzir o défice, a todo o custo. Porquê?

Porque a União Europeia assim o diz. Pronto. Acabou-se. Mas será só a UE?

Não, não é. O “maravilhoso” sistema em que a União Europeia se deixou envolver atirou-a para as “eminências pardas” que são as agências de “rating” a Fitch, a Moody's e a Standard and Poor's, todas baseadas nos Estados Unidos da América (onde havia de ser?) que virtual ou, mesmo, realmente (há que dizê-lo e frisá-lo) controlam as políticas fiscais, económicas e sociais dos Estados-Membros da União Europeia através da atribuição das notações de crédito.
Portanto quem manda não são os Estados ditos soberanos, nem a União Europeia, mas estas agencias em que meia dúzia de “yuppies” de 30 anos ditam o futuro do mundo

Esta é a orquestra que toca o tango melhor que Piazzola e que não precisa da voz de Carlos Gardel.

Ora bem, com amigos como estes organismos, e Bruxelas, no background, quem precisa de inimigos?

Sejamos honestos. A União Europeia é o resultado de um pacto forjado por uma França temente ao Huno e com medo, apavorada, mesmo, com o fim da hibernação da Alemanha, lembrando-se amiúde que as tropas germâncias invadiram o seu território por três vezes em setenta anos, tomando Paris como quem toma uma taça de champanhe (Facilidade? Paris foi conquistada não uma, mas duas vezes e da segunda patenteando o comportamento mais abjecto e cobarde dos franceses que fugiam diante da Wehrmacht como coelhos da matilha de cães). A Alemanha está ansiosa para se reinventar e para astutamente assumir o papel que lhe compete nesta Europa da desgraça, após os anos de pesadelo de Hitler. Paris treme. Está-lhe na massa do sangue.
Na Europa dita comunitária, a  França ficou com  a agricultura (e a aberrante PAC), a Alemanha ficou com os mercados para a sua indústria. Os demais países, uns bem, outros mal, lá ocuparam os seus lugares, na lógica de cada macaco no seu galho, olhando para o duo com respeito e veneração, mas obviamente sem ideias e, principalmente, sem força.

E Portugal? Olhem bem para as marcas de automóveis novos conduzidos por motoristas particulares para transportar os exércitos de "assessores" (que parecem ser imunes a cortes de gastos) e adivinhem de que país vêm?
Não, não são Peugeots, Citroens ou Renaults, mas antes   Mercedes e BMWs. Tudo topo-de-gama,pois claro.

Os sucessivos governos formados pelos dois principais partidos, PSD e PS (ideologicamente desertificados, cuja governação não difere nada uma da outra e que apenas variam alguma coisa em função das personalidades que os controlam ), têm sistematicamente deitado pelo cano abaixo, com a maior desfaçatez e à-vontade, os interesses de Portugal e dos portugueses, destruindo a agricultura e as pescas (os agricultores portugueses são pagos para não produzir e os pescadores para não pescar, permitindo que os espanhóis o façam em seu lugar) e a indústria (que ou desapareceu ou se arrasta sem proveito, nem glória, á espera de alguma coisa que lhe caia do céu). Toda esta imensa destruição do tecido produtivo lusitano, a troco de quê?

O que é que as contra-partidas renderam, a não ser a aniquilação total de qualquer possibilidade de criar emprego e riqueza numa base sustentável?

Aníbal Cavaco Silva, agora Presidente da República, mas outrora primeiro-ministro durante dez anos, entre 1985 e 1995, momento em que a U.E. despejava milhares de milhões, às catadupas, nas suas mãos através dos fundos estruturais e de desenvolvimento, é considerado um excelente exemplo de um dos melhores políticos de Portugal. Foi eleito fundamentalmente porque era considerado "sério" e "honesto" (em terra de cegos, quem tem um olho é rei), como se isso fosse um motivo suficiente para eleger um líder (uma das originalidades lusitanas), e como se a maioria dos restantes políticos (PSD/PS) fosse um bando de sanguessugas e parasitas inúteis (que, infelizmente, até são). Mas há que dizer-se a verdade: Cavaco é o pai do défice público em Portugal e o campeão dos gastos públicos. Sócrates, coitado, não inventou nada: os jogos estavam feitos muito antes de chegar a S. Bento.

A “política de betão” cavaquista foi bem concebida, mas como sempre, mal planeada, no fundo, o resultado de uma inepta, descoordenada e, por vezes inexistente política de Ordenamento do Território, vergada, como habitualmente, a interesses investidos que sugam o país e o povão.

Uma grande parte dos fundos da UE foram canalizadas para a construção de pontes e auto-estradas para abrir o país a Lisboa, Porto e ao litoral, facilitando o transporte interno e fomentando a construção de parques industriais nas cidades do interior para aí atrair grande parte da população radicada na orla marítima. Falhanço espectacular!

O resultado concreto, foi que as pessoas tinham agora os meios para fugirem do interior e chegar ao litoral ainda mais depressa. Os parques industriais ficaram-se sempre pela meia-casa e as indústrias criadas, em muitos casos já fecharam. Ninguém, porém, diz nada, nem sequer bate no peito, num mea culpa tardio, mas, quiçá, necessário.

Uma grande percentagem do dinheiro dos contribuintes da UE volatilizou-se em empresas e esquemas fantasmas.  Foram comprados Ferraris, Lamborghini, Maseratis. Foram organizadas caçadas de javali em Espanha.Foram remodeladas casas particulares, com luxo e sofisticação. 
No seu primeiro mandato, o Governo de Aníbal Cavaco Silva ficou a observar a forma como o dinheiro era malbaratado. No segundo mandato, a situação mudou ligeiramente: Cavaco limitou-se a verificar que os membros do seu governo perderam o controle e que participaram no bodo aos pobres. É fartar vilanagem! Então, tentou desesperadamente distanciar-se do seu próprio partido político para não se queimar, porque chamuscado já estava.

Depois de Aníbal Silva veio o bem-intencionado e humanitário, António Guterres , um excelente Alto Comissário para os Refugiados e provavelmente um candidato perfeito para Secretário-Geral da ONU, mas um buraco negro em termos de (má) gestão financeira. Apelidado de “picareta falante”, com uma retórica temível, mas oca, era totalmente inepto e perdia-se como um adolescente que entrava num bordel pela primeira vez.

Sucedeu-lhe um diplomata de mérito, mas abominável primeiro-ministro Durão Barroso (nos dias que correm, Presidente da Comissão da UE, “Vou ser primeiro-ministro, só que não sei quando”) que acabou por criar mais problemas com o seu discurso do que conseguiu resolver, passou a batata quente para Pedro Santana Lopes, que não tinha qualquer hipótese ou capacidade para governar, nem sequer qualquer noção do que era governar, além disso, sem se aperceber da armadilha astuta que lhe estava a ser montada por Sampaio. Fraco político, fraca cabeça, fraco homem foi parar ao caixote do lixo da história, em pouco tempo

A sua não actuação ou, melhor actuação desastrada, resultou nos dois mandatos de José Sócrates; um Ministro do Ambiente competente, que até formou um bom governo de maioria e tentou corajosamente corrigir erros anteriores, mas que foi rapidamente asfixiado pelos interesses instalados e se deixou entedar em escândalos da sua própria responsabilidade, que em qualquer país digno desse nome, designadamente no mundo anglo-saxónico já teria sido demitido, a bem ou a mal, há muito tempo. Mas Portugal, país de brandos costumes, tudo perdoou, tudo esqueceu, tudo deixou passar.

E agora?

Agora, as medidas de austeridade apresentadas por este PM de sapatilhas e de mentira fácil, são o resultado da sua própria inépcia para enfrentar esses interesses, no período que antecedeu a última crise mundial do capitalismo (aquela em que os líderes financeiros do mundo foram buscar três biliões de dólares de um dia para o outro para salvar uma mão cheia de banqueiros irresponsáveis, quando nada foi feito para reformular o sistema, pagar pensões dignas, implementar programas de saúde ou projectos de educação a sério).

E, assim tal como os seus antecessores, José Sócrates, agora em minoria e a afundar-se, demonstra falta de inteligência emocional, permitindo que os seus ministros pratiquem e implementem políticas experimentais, não testadas e perigosas, que obviamente serão contra-producentes e não conduzirão ao fim em vista.

Eis Portugal no final da curva do caminho.

Valha-nos Nossa Senhora!


sexta-feira, outubro 22, 2010

Greve Geral de 24 de Novembro - Queremos saber
a) Quantos diplomatas vão aderir à greve?
b) Se a ASDP já se pronunciou sobre o assunto, no seu 4º comunicado deste ano da graça de 2010?
c) Se o Nuno Brito encabeça o movimento de contestação?
d) Se a Margarida Figueiredo lidera o sector feminino da  luta dos trabalhadores?
e) Se o amantíssimo Amado estará em Lisboa nessa data?

Faça-se luz na RTP





Já não lhes chega roubar-nos nas Estradas..........





Luz: portugueses vão pagar mais 31 milhões para financiar RTP


Há um duplo aumento em 2011: nas tarifas e na contribuição audiovisual

A subida da taxa para financiar a RTP vai provocar um aumento médio de 4,7% na factura eléctrica, avança o jornal «i» na edição desta segunda-feira. Ou seja, em termos práticos isto significa que, no próximo ano, haverá um duplo aumento na factura mensal da electricidade.

É que à subida de 3,8% no preço das tarifas (proposta da ERSE), passa a juntar-se o agravamento de praticamente 30% da contribuição audiovisual, que está assinalada na proposta de Orçamento do Estado para 2011.

Feitas as contas, a antiga taxa de televisão - paga nas facturas da luz - passa de 1,74 euros para 2,25 euros cada mês. Esta subida possibilitará a revisão em baixa da indemnização compensatória prevista para a televisão pública. Isto quer dizer que para reduzir a factura do Estado, o Executivo vai elevar a factura dos consumidores.

Ora, se juntarmos a subida de 3,8% da electricidade e os 29% da contribuição audiovisual, verificamos que a factura em termos médios vai aumentar cerca de 2 euros por mês para as famílias: o aumento será de 4,7% em relação à factura mensal média estimada pela ERSE, que este ano é de 40,6 euros (sem a contribuição audiovisual).

Recorde-se que a contribuição audiovisual vai garantir uma receita de cerca de 100 milhões de euros à RTP. Com a subida inscrita no OE2011, o acréscimo de receita ultrapassa os 30 milhões de euros.


Quem nos governa, quando pensamos ser governados por Sócrates?...


Há um axioma que diz que Sócrates não presta, e um teorema que diz que a coisa se podia, muito candidamente, ter logo resolvido no momento da crise da "Licenciatura", poupando-nos às terríveis sequelas do presente. Isso pressuporia, é óbvio, uma malha anglosaxónica de valores, que, a bem dizer, com o Senhor Cameron, outro servidor da Nova "Ordem" Mundial, também já está em riscos de ir pelo cano abaixo, pelo que vamos desculpar a "Licenciatura" do "Engenheiro", e ver em que estado ele está, três anos depois.

Sócrates é uma tíbia osteoporótica, que a Situação insiste em envernizar, para não se desfazer num monte de pó. Comparativamente com o país, está, todavia, de perfeitíssima saúde, capaz de enterrar a "Oposição", e de, mesmo que mal corressem as coisas, voltar a ganhar, com uns vinte votos de vantagem, sobre o vizinho do lado. Eu sei que isto dói, mas é primo da Verdade: se formos a eleições, Sócrates ganha outra vez.

Regressando ao tom da rua, Sócrates é um palhaço, e mais um dos palhaços que o Sistema de Bilderberg ensaiou, para fingir que os países ainda têm governos autónomos e breves margens de manobra para arrojos nacionalistas. Pelo contrário, o "Nacionalismo", neste momento, é só assegurado por desordeiros de rua, sem ideologia, exceto o queimar o carro do parceiro, e por extremismos, geralmente de Direita, subsidiados pelo Irão e seus primos. Os pseudomonárquicos, por sua vez, alinharam num reacionarismo ainda pior do que o dos Fundamentalistas Lusitanos, com os cegos a não quererem ver. Um Mundo glorioso, portanto, em forma de Opus Dei.

Pela sua fragilidade, as figuras de Bilderberg são sempre penosas e inquietantes: temos um "Sapatilhas", alimentado por uma vaidade que se escuda só deus saberá em que menoridade e autocomplacência existencial, mas, pragmaticamente, preso pelo rabo, em tudo o que são negócios escuros e obscuros, em processos na forma de espada de Dâmocles, numa sexualidade mal assumida e desmentida, a peso de ouro, pelas capas dos pasquins de cabeleireiro, em suma, alguém que, como os Harkoneen, de "Dune", tem uma válvula cravada no coração, para ser desligado pelos Senhores do Mundo, caso não cumpra o libreto que lhe puseram nas mãos. A contrapartida, é uma segurança, solidez e perenidade, aconteça o que acontecer, desde que SIRVA, e Sócrates é especialista em servir, pela sua menoridade humana, intelectual, política e histórica.

Os efeitos colaterais são um espantoso tratado de maquiavelismo, pois conseguiu arrastar, atrás do desastre do seu rastejar político, qualquer tentativa de se lhe opor, tendo tornado toda a Oposição refém do seu pântano, e, na forma de áparte, eu sei bem como se resolvia isto, que era dar-lhe um coice, e chumbar-lhe, desde já, aquela porcaria em forma de pen, a que ele chama "Orçamento". Suponho que seja a designação correta, mas em Inglês Técnico, porque, em qualquer vernáculo, o verdadeiro nome não seria Orçamento, mas Monte de m****.

O que lá está, no entanto, passada a leitura literal, é muito complexo, por que se insere numa dinâmica de várias frentes, que, em vários lugares do velho mundo civilizado, em riscos de regressar à barbárie, está a tomar o mesmo rosto. Os atores têm todos um idêntico figurino: são pequenos caciques, com pés de barro e rabo preso, que têm de obedecer, com a contrapartida de não serem desligados. A perversidade do seu percurso é conhecida: é o nosso palhaço de Vilar de Maçada, atrás descrito, e o seu alter ego, Aníbal de Boliqueime, o suprasumo do provincianismo de um país que deixou de ser grande há 500 anos; em França, o sarcoma de Sarkozy, um biltre, filho de imigrantes, fragilizado pelas origens, que se reclama de Pai da Nação e da Raça. Da raça dos filhos da P***, suponho. Na Alemanha, Merkl, a Chancelera-Fufa, vem das bastardias da Alemanha de Leste, um caixote de lixo social, político e económico, artificialmente mantido pela defunta URSS, por Miterrand e pela cadela, hoje ""Baronesa", Tatcher. De tal berço, só poderia vir uma gaja com tiques autoritários e uma mesquinhez de horizontes digna dos caixotes com rodas a que os alemães de Leste chamavam "carros". Em Itália, temos um porcalhão, refocilador de pegas, e que começou a carreira como palhaço de cruzeiros de gente com dinheiro. No Vaticano, um senil, representante de tudo o que de mais obsceno a Igreja produziu, e preso à vida por um fio, mas a durar, em forma de Duracell.

Não me vou estender mais, porque a tipologia está feita: esta gente não existe, e apenas está em cena, para que, por detrás de si, o verdadeiro Poder se possa, na semipenumbra, exercer.

Por mim, acelerava já o processo, e pendurava-os todos pelos pés, como fizeram a Mussolini e à sua Câncio, a rameira Clara Petacci, e apontava um foco de luz de nevoeiro para os bastidores, para fazer saltar de lá os verdadeiros ratos, mas os tempos são outros, e estas soluções violentas contraproducentes e, até, suscetíveis de desencadear movimentos de sentido oposto ao pretendido.

O problema é que Bilderberg, na sua ânsia de normalizar o Mundo, perdeu o pé, e perdeu-o, assim como o Mundo foi criado pelo Verbo, por uma das suas línguas, quiçá a mais importante, se ter tornado initeligível, e eu passo a explicar, já que, literalmente, o que estou a escrever, não tem sentido, e vamos falar da história do Dinheiro.

Um tempo houve em que a emissão do papel moeda estava diretamente indexada a uma equivalente quantidade de ouro, que, em caso de necessidade, poderia ser reconvertida. Os Keynesianos e todos os otimistas das contas desequilibras, como motor de crescimento e economias saudáveis, ideologia que me não repugna, passaram a assegurar uma reserva de ouro que já não cobria, na totalidade, o dinheiro papel em circulação, ou seja, em caso de aperto, se toda a gente quisesse trocar cromos por ouro, não haveria ouro suficiente para a quantidade de cromos a circular pelo mercado. De salto em salto, e cada vez mais longe da literalidade, o ouro, como garantia, foi substituído pelo poder e solidez das economias, que garantiam a validade de uma moeda circulante forte. A novidade, com a criação das especulações, por criminosos como Reagan, Tatcher, Cavaco Silva, Madoff, Trump e outros tantos, foi, num determinado momento, substituir a metáfora, que era o dinheiro, pela metáfora de uma metáfora, que era o deslizar de números impressos, ou iluminados em monitores, que estavam a substituir o dinheiro.

Simplificadamente, assim como num instante fatal, deixou de haver ouro suficiente para cobrir as notas em circulação, em 2010, já não há dinheiro suficiente para suprir à quantidade de números fictícios com que nos bombardeiam, e é isso que agora faz a horrível aflição do Sistema Financeiro.

Por mim, tudo bem: de cada vez que um banco se prepara para falir, eu sorrio para as flores e penso "vai com deus, meu filho", mas, de cada vez que um banco abre falência, nós vamos atrás, porque somos sustentados por esse dinheiro que não existe e economias em fase adiantada de osteoporose, suportadas pelo tráfico da droga, das armas, dos corpos e do plutónio, por exemplo. Para essas atividades, ainda é útil que existam bandeiras de conveniência, como Portugal, mas é líquido que quando puderem atuar descaradamente, e esse dia está perto, se desembaraçarão dos Estados, e ficarão no seu Far West global, connosco a sermos ricocheteados por toda a casta de balas.

Para os líricos, que se contentam com falar de "Falência do Capitalismo", eu faço um sorriso amargo, e digo que a coisa é muito pior do que isso: é a falência do Mercantilismo, e, pior ainda, o fim de uma metáfora milenar, criada na Cária, se bem me lembro, onde um Rei Creso se lembrou de cunhar a primeira moeda, criando a primeira triangulação virtual entre dois bens e um símbolo que representava o seu valor. Aquilo a que estamos a assistir não é ao fim do Capitalismo, é ao fim da Moeda, e prestes a ingressar num estádio primitivo de troca real de bens. Nós, Portugueses, que não produzimos nada, exceto lixo humano, como Carrilho, Sócrates, Aníbal, Durão, Vítor e João Constâncio, Berardo, Paulo Teixeira Pinto, Dias Loureiro e outros tantos, nada teremos para trocar com os outros povos, mal a Moeda se dissipe, enquanto Linguagem. Foucault iria adorar o que eu escrevi. Eu, contudo, não adorei, e detestei, mesmo, porque o que aqui está é narrado, é tão só o fim da Civilização, tal como a conhecemos e glorificámos.

Nota final: Transcrito, com a devida vénia e respeitando os direitos de autor de Arrebenta-The Braganza Mothers (http://comunidade.sol.pt/blogs/arrebenta/archive/2010/10/22/Quem-nos-governa_2C00_-quando-pensamos-ser-governados-por-S_F300_crates_3F002E002E002E00_.aspx)

quinta-feira, outubro 21, 2010


A Alemanha e o falhanço do multiculturalismo


Germany and the Failure of Multiculturalism

October 19, 2010
NATO's Lack of a Strategic Concept
By George Friedman
German Chancellor Angela Merkel declared at an Oct. 16 meeting of young members of her party, the Christian Democratic Union, that multiculturalism, or Multikulti, as the Germans put it, “has failed totally.” Horst Seehofer, minister-president of Bavaria and the chairman of a sister party to the Christian Democrats, said at the same meeting that the two parties were “committed to a dominant German culture and opposed to a multicultural one.” Merkel also said that the flood of immigrants is holding back the German economy, although Germany does need more highly trained specialists, as opposed to the laborers who have sought economic advantages in Germany.
The statements were striking in their bluntness and their willingness to speak of a dominant German culture, a concept that for obvious reasons Germans have been sensitive about asserting since World War II. The statement should be taken with utmost seriousness and considered for its social and geopolitical implications. It should also be considered in the broader context of Europe’s response to immigration, not to Germany’s response alone.

The Origins of the German Immigration Question

Let’s begin with the origins of the problem. Post-World War II Germany faced a severe labor shortage for two reasons: a labor pool depleted by the devastating war — and by Soviet prisoner-of-war camps — and the economic miracle that began on the back of revived industry in the 1950s. Initially, Germany was able to compensate by admitting ethnic Germans fleeing Central Europe and Communist East Germany. But the influx only helped assuage the population loss from World War II. Germany needed more labor to feed its burgeoning export-based industry, and in particular more unskilled laborers for manufacturing, construction and other industries.
To resolve the continuing labor shortage, Germany turned to a series of successive labor recruitment deals, first with Italy (1955). After labor from Italy dried up due to Italy’s own burgeoning economy, Germany turned to Spain (1960), Greece (1960), Turkey (1961) and then Yugoslavia (1968). Labor recruitment led to a massive influx of “Gastarbeiter,” German for “guest workers,” into German society. The Germans did not see this as something that would change German society: They regarded the migrants as temporary labor, not as immigrants in any sense. As the term implied, the workers were guests and would return to their countries of origin when they were no longer needed (many Spaniards, Italians and Portuguese did just this). This did not particularly trouble the Germans, who were primarily interested in labor.
The Germans simply didn’t expect this to be a long-term issue. They did not consider how to assimilate these migrants, a topic that rarely came up in policy discussions. Meanwhile, the presence of migrant labor allowed millions of Germans to move it from unskilled labor to white-collar jobs during the 1960s.
An economic slowdown in 1966 and full-on recession following the oil shock of 1973 changed labor conditions in Germany. Germany no longer needed a steady stream of unskilled labor and actually found itself facing mounting unemployment among migrants already in country, leading to the “Anwerbestopp,” German for “labor recruitment stop,” in 1973.
Nonetheless, the halt in migration did not resolve the fact that guest workers already were in Germany in great numbers, migrants who now wanted to bring in family members. The 1970s saw most migration switch to “family reunions” and, when the German government moved to close that loophole, asylum. As the Italians, Spanish and Portuguese returned home to tend to their countries’ own successive economic miracles, Muslim Turks became the overwhelming majority of migrants in Germany — particularly as asylum seekers flocked into Germany, most of whom were not fleeing any real government retribution. It did not help that Germany had particularly open asylum laws in large part due to guilt over the Holocaust, a loophole Turkish migrants exploited en masse following the 1980 coup d’etat in Turkey.
As the migrants transformed from a temporary exigency to a multigenerational community, the Germans had to confront the problem. At base, they did not want the migrants to become part of Germany. But if they were to remain in the country, Berlin wanted to make sure the migrants became loyal to Germany. The onus on assimilating migrants into the larger society increased as Muslim discontent rocked Europe in the 1980s. The solution Germans finally agreed upon in the mid-to-late 1980s was multiculturalism, a liberal and humane concept that offered migrants a grand bargain: Retain your culture but pledge loyalty to the state.
In this concept, Turkish immigrants, for example, would not be expected to assimilate into German culture. Rather, they would retain their own culture, including language and religion, and that culture would coexist with German culture. Thus, there would be a large number of foreigners, many of whom could not speak German and by definition did not share German and European values.
While respecting diversity, the policy seemed to amount to buying migrant loyalty. The deeper explanation was that the Germans did not want, and did not know how, to assimilate culturally, linguistically, religiously and morally diverse people. Multiculturalism did not so much represent respect for diversity as much as a way to escape the question of what it meant to be German and what pathways foreigners would follow to become Germans.

Two Notions of Nation

This goes back to the European notion of the nation, which is substantially different from the American notion. For most of its history, the United States thought of itself as a nation of immigrants, but with a core culture that immigrants would have to accept in a well-known multicultural process. Anyone could become an American, so long as they accepted the language and dominant culture of the nation. This left a lot of room for uniqueness, but some values had to be shared. Citizenship became a legal concept. It required a process, an oath and shared values. Nationality could be acquired; it had a price.
To be French, Polish or Greek meant not only that you learned their respective language or adopted their values — it meant that you were French, Polish or Greek because your parents were, as were their parents. It meant a shared history of suffering and triumph. One couldn’t acquire that.
For the Europeans, multiculturalism was not the liberal and humane respect for other cultures that it pretended to be. It was a way to deal with the reality that a large pool of migrants had been invited as workers into the country. The offer of multiculturalism was a grand bargain meant to lock in migrant loyalty in exchange for allowing them to keep their culture — and to protect European culture from foreign influences by sequestering the immigrants. The Germans tried to have their workers and a German identity simultaneously. It didn’t work.
Multiculturalism resulted in the permanent alienation of the immigrants. Having been told to keep their own identity, they did not have a shared interest in the fate of Germany. They identified with the country they came from much more than with Germany. Turkey was home. Germany was a convenience. It followed that their primary loyalty was to their home and not to Germany. The idea that a commitment to one’s homeland culture was compatible with a political loyalty to the nation one lived in was simplistic. Things don’t work that way. As a result, Germany did not simply have an alien mass in its midst: Given the state of affairs between the Islamic world and the West, at least some Muslim immigrants were engaged in potential terrorism.
Multiculturalism is profoundly divisive, particularly in countries that define the nation in European terms, e.g., through nationality. What is fascinating is that the German chancellor has chosen to become the most aggressive major European leader to speak out against multiculturalism. Her reasons, political and social, are obvious. But it must also be remembered that this is Germany, which previously addressed the problem of the German nation via the Holocaust. In the 65 years since the end of World War II, the Germans have been extraordinarily careful to avoid discussions of this issue, and German leaders have not wanted to say things such as being committed to a dominant German culture. We therefore need to look at the failure of multiculturalism in Germany in another sense, namely, with regard to what is happening in Germany.
Simply put, Germany is returning to history. It has spent the past 65 years desperately trying not to confront the question of national identity, the rights of minorities in Germany and the exercise of German self-interest. The Germans have embedded themselves in multinational groupings like the European Union and NATO to try to avoid a discussion of a simple and profound concept: nationalism. Given what they did last time the matter came up, they are to be congratulated for their exercise of decent silence. But that silence is now over.

The Re-emergence of German Nation Awareness

Two things have forced the re-emergence of German national awareness. The first, of course, is the immediate issue — a large and indigestible mass of Turkish and other Muslim workers. The second is the state of the multinational organizations to which Germany tried to confine itself. NATO, a military alliance consisting mainly of countries lacking militaries worth noting, is moribund. The second is the state of the European Union. After the Greek and related economic crises, the certainties about a united Europe have frayed. Germany now sees itself as shaping EU institutions so as not to be forced into being the European Union’s ultimate financial guarantor. And this compels Germany to think about Germany beyond its relations with Europe.
It is impossible for Germany to reconsider its position on multiculturalism without, at the same time, validating the principle of the German nation. Once the principle of the nation exists, so does the idea of a national interest. Once the national interest exists, Germany exists in the context of the European Union only as what Goethe termed an “elective affinity.” What was a certainty amid the Cold War now becomes an option. And if Europe becomes an option for Germany, then not only has Germany re-entered history, but given that Germany is the leading European power, the history of Europe begins anew again.
This isn’t to say that Germany must follow any particular foreign policy given its new official view on multiculturalism; it can choose many paths. But an attack on multiculturalism is simultaneously an affirmation of German national identity. You can’t have the first without the second. And once that happens, many things become possible.
Consider that Merkel made clear that Germany needed 400,000 trained specialists. Consider also that Germany badly needs workers of all sorts who are not Muslims living in Germany, particularly in view of Germany’s demographic problems. If Germany can’t import workers for social reasons, it can export factories, call centers, medical analysis and IT support desks. Not far to the east is Russia, which has a demographic crisis of its own but nonetheless has spare labor capacity due to its reliance on purely extractive natural resources for its economy. Germany already depends on Russian energy. If it comes to rely on Russian workers, and in turn Russia comes to rely on German investment, then the map of Europe could be redrawn once again and European history restarted at an even greater pace.
Merkel’s statement is therefore of enormous importance on two levels. First, she has said aloud what many leaders already know, which is that multiculturalism can become a national catastrophe. Second, in stating this, she sets in motion other processes that could have a profound impact on not only Germany and Europe but also the global balance of power. It is not clear at this time what her intention is, which may well be to boost her center-right coalition government’s abysmal popularity. But the process that has begun is neither easily contained nor neatly managed. All of Europe, indeed, much of the world, is coping with the struggle between cultures within their borders. But the Germans are different, historically and geographically. When they begin thinking these thoughts, the stakes go up.
"This report is republished with permission of STRATFOR"

Reflexões sobre o momento presente - Entendemos que o sistema tem de ser reformulado, mas não arrasado, reduzido à estaca zero. Temos de partir para uma operação de salvados, mas para já não podemos assumir  uma posição nihilista, muito embora o nosso desejo mais íntimo vá nesse sentido e sentimos a revolução como uma necessidade imperativa. O momento não é adequado e as coisas não estão ainda suficientemente maduras para o efeito. Há que jogar-se com as cartas que temos na mão, muito embora o jogo esteja viciado, à partida, e as cartas, por ora, demasiado baixas.  
 Nesta matéria, haveria, como eu tenho dito inúmeras vezes e continuarei a dizer, que apontar culpados, porque ninguém têm o direito de sacudir a água do capote.Todavia, pensando melhor, isso não produz quaisquer efeitos estruturantes, nem altera o status quo. O rolar de cabeças pode garantir-nos alguma satisfação, meramente efémera, mas não nos resolve os problemas de fundo. Esta é uma verdade de La Palice. Trata-se de um onanismo irrelevante, improfícuo e pueril. 
Vejamos.
Culpabilizar quem? Os governantes, actuais, passados e, porventura , futuros? Certamente. As Oposições, idem, idem, aspas, aspas. A banca que incentivou Governos e particulares a gastarem o que não tinham para projectos que não necessitavam, tem de sentar-se em lugar de proeminência no banco dos réus. Não me venham dizer que não são de cá e que não têm nada que ver com o assunto. Já vi esse filme.
Todavia, temos de ir mais longe e equacionar as coisas em termos de futuro, ou seja temos de preparar com calma a revolução que há-de vir, que tem de vir, que será bem real e violenta.
Escutem-me. Colectivamente, como Povo, somos igualmente culpados, porque não fomos, nem somos, capazes de dizer alto e pára o baile a todos esses senhores e passarões. Hibernámos, adormeceram-nos, deixaram-nos a sonhar com a Lua e os anjinhos.Já temos boa idade e muitos anos de civilização para sabermos o que andamos a fazer e se não sabemos ninguém nos desculpa por isso. Teríamos de exigir aos Governos, às Oposições, à banca e ao sistema que se justfiquem. Teríamos de abandonar todos os projectos megalómanos, estultos e de resultados mais do que duvidosos. Teríamos de fiscalizar melhor os dinheiros públicos. Teríamos de evitar a contracção de empréstimos ruinosos. Teríamos de reformar os sistemas de segurança social, de saúde, de educação, etc... Mais. Em Portugal, diferentemente da Grécia, Irlanda e Espanha, como se sabe, as medidas pecaram por tardias e - pior do que isso - ainda nem sequer foram tomadas !!!! Estão apenas no papel dos jornais e nos gravadores dos meios de comunicação.
Porque  Sócrates panglossianamente dixit, "Tudo ia bem no melhor dos mundos possíveis", quando ele, a sua camarilha e toda a gente sabiam que era a mentira mais descarada e obscena que se podia imaginar.
As notícias neste país de dia para dia, de hora para hora, de minuto para minuto, são assustadoras, terríveis, catastróficas. Este Governo é um mar de contradições, a Oposição vai pelo mesmo caminho, com outros idiotas, mas  sem mudança de rumo,  a banca e o sistema também. Estamos à espera de quê? Que o Poder caia na rua? Digam-me: é disso que estamos à espera?
É que eu quero estar na primeira linha para o empurrão final, mas entendo que o sistema não está, ainda, preparado para esse passo e arriscamo-nos a um estenderete monumental. 
Calma! Já lá iremos! Vamos cozinhar a lume brando a revolução!  
Mudando de latitude, vemos o que se passa em França (um exemplo entre muitos). Tudo para a greve geral porque se passa a reforma dos 60 para os 62 anos, enquanto que outros (quase todos) já vão nos 65 e alguns nos 67. Os franceses, "filhos de puta ruim", como dizia Gil Vicente,  estão a gozar-nos? Este é um bom exemplo da falta de consciencialização e de sentido de responsabilidade dos europeus, gordos, anafados e preguiçosos, que não merecem sequer uma fracção do muito que têm. A hora é de arregaçar as mangas e de trabalhar no duro, de fazer qualquer coisa. Mas, como sempre, querem viver à sombra da bananeira e dão maus exemplos aos outros.