terça-feira, março 09, 2010

PEC e depois - É pena que não tenham tomado medidas a sério.Trata-se de um programa timorato, insuficiente, pouco claro e mentiroso. Nos tempos da outra senhora dizia-se a verdade, que a hora era de apertar cintos doesse a quem doesse, sorrisinho e cara alegre. Nos tempos da outra senhora, tomavam-se medidas a sério e ia-se ao fundo das questões: não há, não há, ponto final parágrafo. No tempos da outra senhora não se escamoteava nada: dizia-se a verdade por mais incómoda que fosse. Além disso, não se mentia, nem se enveredava pela política do engodo e do embuste: é a classe média que tem de pagar a factura, já se percebeu, já se disse, mas quem mencionou esta verdade lapaliciana foram os comentadores de turno e não os governantes. Estes têm medo. Mas medo de quê? Porque é que nos mentem compulsivamente?
Depois dizem que não sobem os impostos ("com uma única excepção", atalhou Socas, referindo-se ao agravamento fiscal para os que ganham mais de 150.000 Euros/ano), todavia, se, em rigor, não se sobem os impostos, reduzem-se as deduções fiscais na saúde, educação e PPRs, o que vem a dar ao mesmo. É isto: o "carro da tia Júlia" e o "automóvel da tia Júlia" e para os mais novinhos "o pópó da titi Julinha". Não estão a ver as diferenças?
Depois, há que convencer os outros e em especial as agências de "rating". Será que vamos passar no exame? Estou com umas dores de barriga que nem imaginam.  É triste que os países tenham de ser classificados como na escola primária. Mas nós não somos gregos que são só os piores da classe! Como dizia o meu velho professor do liceu, quando classificava alguns alunos:  "medíocre banal com tendência para menos." Aplica-se-nos.
Porque é que não exigimos responsabilidades a todos quantos nos governaram  e nos mentiram? Primeiro ao que fugiu do pântano, abandonando o país com emprego em Genebra; segundo ao que arranjou emprego em Bruxelas, abandonando o país; terceiro ao que foi despedido como uma criada de servir e não abandonou o país, porque ninguém o queria em parte alguma e, por último ao que ficou, que continua a aldrabar "incessantemente e sem cessar"e que não foge porque não pode.
Como é possível dar crédito a esta gente?
A propósito, há ainda mais facturas para pagar?

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