Grécia – Austeridade – Protestos - Os protestos em Atenas atingiram ontem um apreciável grau de violência, devido a confrontos entre forças da ordem e manifestantes, quando cerca de 7.000 pessoas se concentraram junto ao Túmulo do Soldado Desconhecido, nas imediações do Parlamento, onde, nessa altura, os deputados votavam o plano de austeridade económica. Este aumentará os impostos (designadamente o IVA e outros impostos indirectos) e implicará uma redução salarial para a função pública e pensionistas em média superior a 8%. Para além dos incidentes registados junto ao parlamento, verificaram-se outros junto ao Conselho de Estado quando manifestantes encapuzados se confrontaram com a policia de choque, numa tentativa de investida violenta no Ministério do Trabalho. ADEDY o sindicato da função pública efectuou paragens de trabalho em protesto contra as medidas de austeridade, nos hospitais, escolas e transportes públicos. Apenas funcionaram os chamados serviços mínimos. Também os controladores aéreos efectuaram uma paralisação de cerca de 2 horas, perturbando cerca de 60 voos. Registaram-se, igualmente, protestos em Salónica, embora em menor escala. Os protestos continuam e está prevista uma greve geral para o próximo dia 11, que contará com o apoio da segunda central sindical a GSEE, estimando-se que cerca 5 milhões de pessoas desçam às ruas.
Os “belos” exemplos que nos chegam da Grécia, para quem devia estar caladinho e ter juízo, como se sabe, estão a ser seguidos em Portugal. Proclamamos aos 4 ventos de que Portugal não é a Grécia, mas para lá caminhamos e já não é a trote é a galope. A irresponsabilidade da greve da nossa função pública na passada quinta-feira, em tudo semelhante à grega, faz-nos temer o pior, porque quando o PEC for anunciado – se é que estes governantes de merda têm coragem para tomar as medidas que se impõem – vai ser o bom e o bonito.
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