Euro, FMI e Grécia - como se diz em inglês, o que se segue é apenas food for thought e assume um carácter meramente especulativo, mas convém desde logo, começar a equacionar estas questões. A entrada em cena do FMI, tal como proposta no último Conselho Europeu, vai ilibar a Alemanha de toda e qualquer responsabilidade no assunto, permitindo concomitantemente a Merkel lavar a cara perante o seu eleitorado, como se sabe, reticente em apoiar as pretensões de Atenas, e levar a Grécia a contrair um empréstimo junto das instituições de Bretton Woods. Ora, a receita tradicional destas, em casos similares, consiste em desvalorizar a "moeda nacional", permitindo assim lograr um certo equilíbrio das contas públicas. Todavia, a "moeda nacional" não existe, uma vez que a Grécia integra a Eurozona, utilizando, pois, a moeda comum europeia. Daí terá de reverter para o velho dracma, como aparentemente pretende a maioria da população grega, fazendo-o "ressuscitar". Não temos grandes dúvidas de que a prazo isso será feito, com todos os sacrifícios e humilhações para o ego helénico que isso implica. Nada, porém, voltará a ser como dantes.
Resumindo, em matéria económico-financeira a Alemanha dita as suas leis e é indiferente a tudo o mais e convém relembrar que as regras essenciais consistem no rigor, na honestidade e na prestação de contas sem falhas ou manipulações
A lição para Portugal e outros não podia ser mais cristalina. A partir de agora, não há figos!
Nota final: relembramos o que aqui se disse.
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