Guiné-Bissau – pré-aviso de nova guerra civil? - Bissau recebeu a 5 de Maio os CEMGFA da CEDEAO. Visita que teve lugar quando está iminente a nomeação de um novo Chefe de Estado Maior General, na sequência do “golpe de estado” perpetrado por António Injai e Bubo Na Tchuto, que depõs Zamora Induta desse cargo e que se encontra presentemente detido, sob custódia militar, a aguardar julgamento, no termo de um “processo” ainda em fase de organização pela Procuradoria-Geral da República que, inevitavelmente, conduzirá ao seu afastamento formal de CEMGFA. Trata-se, porém, de um mero pro forma uma vez que, no caso em apreço, os "jogos já estão feitos"
Assim, quer Indjai, quer Bubo Na Tchuto, pretendem recolher apoios com vista à respectiva nomeação para o lugar deixado “vago” por Zamora Induta, um dos raros sobreviventes do conflito civil de 98-99. Ambos se reclamam da herança de Tagmé Na Waie. Se Indjai recolhe apoios certos em Mansoa, Bubo Na Tchuto “pesca” um pouco por todo o país.
Na Presidência guineense - em que a posição de fraqueza de Malan Bacai Sanhá é cada vez mais evidente -, são tidos como cada vez mais sérios os rumores que apontam para que Bubo Na Tchuto esteja a movimentar armamento para zonas sob controlo dos seus fiéis. É preciso não esquecer que Na Tchuto é, hoje, um dos poucos militares com um passado de luta anti-colonial - Estes rumores, em conjunto com as notícias que indicam a re-constituição de unidades militares privadas estão a lançar o alarme entre a elite política guineense já de si em alerta face à atitude conivente que as autoridade militares encaram as movimentações por toda a Guiné do ex- Chefe de Estado Maior da Armada.
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