quarta-feira, abril 28, 2010

A crise sem saída possível (parte 2 de muitas e variadas partes) -  Que ninguém pense que estamos dominados pela monomania da perseguição ou por alguma paranóia emergente, com características anti-USA doentias e primárias. É certo e sabido que as 3 grandes  agências de “rating”, todas elas, sem excepção, americanas (Fitch ratings, Moodys e Standard and Poors), cuja competência e credibilidade são postas em causa, estão na razão directa da maior ou menor turbulência dos mercados. Credibilidade, dizíamos nós? Com efeito, será que previram a crise do sub-prime? A recessão? O descalabro económico-fiannceiro dos últimos anos? Só servem então para a especulação pura, ao serviço de interesses inconfessáveis, mas detectáveis.
Estas agências de “rating” ou de notação especulam livremente contra o Euro e contra a dívida soberana dos países mais débeis. É uma ordem de batalha perfeitamente clara, visando como objectivo final o fim da Eurolândia e o retorno a um status quo ex ante que é o que interessa a Washington, a Londres e, em suma aos BRICs e outros. Como sublinha George Friedman no seu livro  “Os próximos 100 anos  - uma previsão para o século XXI” (ed. Livros de Hoje das Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2010) entrámos na “era da América”, com o declínio inevitável da Europa e do sonho europeu (que nesta óptica não nos conduz a parte alguma).
Ainda, hoje, a porta-voz da Comissão Europeia, Chantal Hughes,  a propósito das notações de crédito da Grécia efectuadas pelas agências de “rating” sublinhou que estas se deviam pautar por um “comportamento responsável”:
“The commission has already taken action to put in place a regulatory framework on credit-rating agencies and we will continue to watch very closely the behavior of the financial markets during the crisis.”
O efeito bola de neve criado pelas agências, que atribuem níveis de risco desorbitados a determinados páises mais frágeis, conjugadas com a especulação bolsista dão o resultado que se sabe. Depois, por uma questão de facilidade, mete-se tudo dentro do mesmo saco, mas Portugal não é a Grécia, nem a Espanha é comparável à Irlanda. Existem não só diferenças de grau, mas, igualmente, de problemas específicos,  de comportamentos, de políticas, etc. 
Mas voltemos ao problema de fundo. A Europa a bem dizer não existe, porque a Alemanha não quer que exista e, como parece ter ficado bem demonstrado, no nosso escrito anterior, Berlim pensa apenas nos seus interesses e na recriação de um universo dominado pelo DM ou por um Euro que em tudo se lhe assemelhe. Contra factos, não há argumentos.
Leia-se o que a este respeito escreve Francisco Seixas da Costa no seu blogue “Duas ou três coisas”
“Neste quadro de dúvidas criadas sobre a solidariedade dentro do espaço da moeda única [elia-se solidariedade principalmente alemã], as agências de "rating" repercutem tal perplexidade, pelo que fazem um "upgrading" dos níveis de risco para os "produtos" financeiros ligados a esses países. A perversidade desse mecanismo está no facto de. ao tomarem tal ação, essas agências agravarem ainda mais a situação dos países, pela circunstância dessa sua opinião conduzir os mercados a cobrarem mais pelos empréstimos aos Estados cuja situação já era complexa.” (ler o texto completo em http://duas-ou-tres.blogspot.com/2010/04/portugal-e-crise.html).
Este assunto está muito longe de ter terminado.

1 comentário:

Anónimo disse...

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