terça-feira, abril 27, 2010

Inês de Medeiros não é, certamente, a mulher  de César - Inês de Saint-Maurice de Esteves de Medeiros Vitorino de Almeida, de 42 anos de idade, com uma vaga frequência universitária (a de Sócrates não é muito melhor) de profissão autora (de quê não se sabe bem, mas também não interessa) deputada pelo PS, eleita pelo círculo de Lisboa pertence à Comissão de Ética, Sociedade e Cultura da Assembleia da República. Para a respectiva candidatura, a  dita senhora terá apresentado uma morada em Lisboa, quando dispõe de residência habitual em Paris, onde se desloca com regularidade, quase todas as semanas, pois é lá que vivem seu marido e filhos e lá tem também a sua casinha toda muito bem compostinha. É á beira-Sena que se sente bem. Eu também. É muito agradável. A única diferença é que eu tenho de pagar do meu bolso qualquer deslocação à Cidade-Luz e Inês não, porque a AR paga-lhe todas  as viagens, equiparada por artes mágicas a deputada pelos Açores ou pela Madeira.  Deve haver qualquer engano, isto de pertencer à Comissão de Ética, mas enfim…
Eu, à semelhança de muitos portugueses, tenho de pagar ou o passe social ou a gasolina do carro ou as solas dos sapatos para me deslocar ao meu local de trabalho, mas Inês, não.
Recebe diariamente Euros 528, ou seja cerca de Euros 16.800/mês, a título e ajudas de custo, mais as viagens de ida e volta a Paris Assim se fazem as contas.
Mas quem é que a convidou para ser deputada, esta autora de coisa nenhuma, filha do maior “bluff” cultural que Portugal tem chamado António Victorino d’Almeida (creio que é assim que se escreve)? Estes senhor foi Adido Cultural na nossa embaixada em Viena, no decurso da “longa noite do fascismo”, enquanto estudava no Conservatório da dita cidade e fazia uns programas pseudo-culturais com a ORF (Televisão austríaca) para a RTP do Ramiro Valad(r)ão, onde ganhava umas massas suplementares. Por outras palavras, fez os seus estudos de Director de Orquestra e de Composição à custa do erário público da época. Depois do “glorioso” 25 de Abril, com um certificado e anti-fascismo no bolso, lá apareceu com as suas 3 filhas, uma actriz, uma outra também actriz mas que, agora,  se diz autora (esta de quem vos falo) e uma terceira que é música (deêm-me mais música  que estou bem precisado...).
O PS podia ter escolhido mais criteriosamente quem o representa e não precisava desta senhora para coisa alguma. Mas o que pensa o PS não me aquenta nem me arrefece!   
Para S. Exa. O Presidente da Assembleia da República, dr.Jaime Gama, numa escala de 1 a 100 este é o problema 300 deste “jardim à beira-mar plantado”. A questão, digníssimo Presidente, não é essa. Não se trata de tostões a mais ou a menos. Com as viagens e as ajudas da Sra. Medeiros não se paga certamente um cagagésimo da dívida externa. É um problema de moralidade. Desde pequenino que me dizem: ou há moralidade ou comem todos. Mas Inês de Medeiros pertence à Comissão de Ética. Deve saber mais disso do que a generalidade dos portugueses. A Ética é algo que se coma ao pequeno almoço, ao lanche ou á ceia? Ela explica.
Seria bom poder dizer, como na nossa célèbre tragédia clássica: “É tarde, Senhor, Inês é morta!”. Cala-te boca! Isto é pura demagogia reaccionária!
No fundo, no fundo, eu acho que assim é que está bem. Viva a política barriguista!

A prossegurimos esta via  "isto" vai cair de vez.

Estamos ansiosamente à espera da aguardada Revolução, mas sem cravos, s.f.f. Desta vez vamos para a rua e vamos para a luta!


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