quinta-feira, junho 03, 2010



O estranho caso da demissão do Presidente alemão -
No ínício do 2. mandato, com 6 anos de presidente, de repente Horst Köhler demite-se.
Ultimamente tinha sido alvo de duras críticas, uma era que tinha agido contra
a Constituição no caso do Afeganistão.
Não cheguei a entender se a inconstitucionalidade residia no facto dele ter concordado
em mandar os soldados para o Afegansitão e  ou se o motivo da inconstitucionalidade
seriam os comentários que ultimamente fez em relação à intervenção ãlemã no Afeganistão.
Nomeadamente, o PR cometeu um grande erro de diplomacia: afirmou que a Alemanha é um país de
grande exportação, vive dela e por isso tem de lutar mesmo que seja militarmente
para que as vias para os lugares de exportação estejam livres.
Deu a entender que é por motivos económicos a presença da Alemanha no Afeganistão.
Dizem que ele cometeu um lapso. Só que normalmente as verdades saem nos lapsos...
Então por motivos financeiros deixam-se ir para a guerra soldados que ficam feridos
e alguns têm morrido?
Até aqui o Governo sempre dissera que a presença militar da Alemanha no Afeganistão
era um combate ao terrorismo e uma presença humanitária.
Posteriormente disse que se estava a referir à presença de navios na costa da Somália
para defender os navios mercantes dos piratas do século XXI, a gente da Somália.

O Presidente não aguentou as críticas que lhe fizeram por causa daquele comentário
e demitiu-se. Esta explicação parece pobre, incompleta. Há quem especule que
Horst Köhler é um dos maiores peritos em Finanças no mundo e está a ver que a
Alemanha está à beira de um caos económico e resolveu retirar-se a tempo de não
ficar envolvido nele.
Na verdade, a Alemanha é quem aguenta financeiramente a
União Europeia, emprestou gigantescas quantidades de euros à Grécia. Se a Grécia
abandonar o euro e voltar à sua moeda antiga, o dracma, não tem de pagar as
dívidas que tem em euros e pode começar de novo... Nesse caso, a Alemanha não
verá mais a quantia astronómica que emprestou a esse país... se Portugal e a
Espanha copiarem a Grécia e quiçá a Itália... abandonando o euro...
Há também quem diga que são os alemães que querem voltar à sua moeda antiga...

Enfim, abandonar a Chefia do Estado num momento tão difícil e obrigar o Governo
a no espaço de 4 semanas se deparar com mais um problema, o de encontrar
novo Presidente capaz, é uma prova de falta de patriotismo e de fraqueza, que
não é próprio de quem está à frente de um país.

Resumindo. deve ter sido um motivo fortíssimo que moveu o Presidente de um dos
principais países do mundo a demitir-se. Estava na Chefia há 6 anos,  no
primeiro ano do seu segundo mandato. Estranho, sim caso estranho o demitir-se!

Sem comentários: