quarta-feira, janeiro 05, 2011

Dilma Rousseff – parte II


Para mim um ladrão é um ladrão e um pirata é um pirata. Não vale a pena escamotearmos a realidade com adjectivos qualificativos rebuscados, com eufemismos, mentirolas, matizes de linguagem ou com frases ocas de inteligência duvidosa. O ladrão pode ser gatuno, larápio, corrupto, meliante ou malandro não deixa, porém, de ser  reconhecida, marcada e essencialmente ladrão. O pirata pode ser filibusteiro, bucaneiro, corsário ou salteador dos mares não deixa, porém, de ser, reconhecida, marcada e essencialmente pirata. Dilma não pode renegar  o que já foi. Por mais que queira não pode apagar o seu passado com uma varinha mágica.
Tal como Berlusconi foi um engatatão barato, Durão Barroso  maoísta. Dilma foi terrorista. Ponto final. Tanto assim foi que não lhe era permitida a entrada nos EUA (estava na lista negra). A história é o que é e não o que gostávamos que fosse.
Ninguém prejudica um banco. Prejudica, isso, sim, a sociedade no seu todo. Quando, por exemplo, um banco é intervencionado, quem paga é o Estado, ou seja o “Pagode”. Existem leis e princípios morais e o comum  dos cidadãos cumpre essas normas. Não me venham com fantasias e, sobretudo, com entorses, à lei, à ética e ao senso comum. Fui educado, desde o berço, em determinados parâmetros e não noutros. Não transijo e, nesta matéria, não dou o benefício da dúvida a quem quer que seja.
Por outro lado, não acredito no Pai Natal (no Brasil, Papai Noel), que dá presentes a toda a gente, nem no Robin dos Bosques ou no “Ned” Kelly, figuras simpáticas que, aparentemente, roubavam aos ricos para dar aos pobres, acredito, isso, sim, nas malfeitorias dos  Al Capones, dos John Dillingers e dos pilantras  que nos desgovernam e nos roubam  quotidianamente, em Portugal, no Brasil ou na Conchinchina.
Aliás, Dilma quando roubou ou, melhor, quando administrou o dinheiro dos assaltos não o deu aos pobres mas guardou-o para si e para os seus militantes, como parece estar provado. Se isto não é roubo, o que é, então?
Adquiriu, agora, respeitabilidade como Presidente do Brasil. Também Pol Pot foi o dirigente supremo do Cambodja e Robert Taylor, Chefe de Estado  da Libéria. Vamos, vamos, que já é tarde...
Post scriptum para o Sr. Dr. Paulo Rufino:  Estou aberto a todos e quaisquer comentários, sem censura de qualquer espécie. Quem me quiser escrever que o faça para minha morada de e-mail. Mas, por favor, não se sirvam de blogues de terceiros para me fazer chegar mensagens. Não gosto de indirectas.

5 comentários:

Anónimo disse...

Meu caro “Ernesto”,
Suponho que se dirigia a mim, P.Rufino, no Blogue “Duas ou Três Coisas”. Partindo dessa premissa, permita-me que comece por lhe dizer: não se amofine! Aquilo que escrevi, não era uma crítica, tão só uma observação. Tenho, sempre tive, o maior respeito pela opinião dos outros, mesmo quando diametralmente opostas ás minhas. Fui assim educado. Começando pelo fim, meu caro, far-me-á a bondade de não por no mesmo saco Pol Pot e Robert Taylor com Dilma! Não se pode juntar genocidas e quejandos com Dilma, naturalmente, na minha modestíssima opinião.
Quanto ao gesto de mão da Dilma, que colocou no seu Post, imagino que não era dirigido à minha humilde pessoa, mas olhe que até o achei divertido!
Li com atenção a sua interessante retórica, que não deixa de ter a sua lógica, convenhamos. Mas sabe, durante a leitura veio-me à memória outro “flibusteiro” que simpatizei, o Palma Inácio. Voltando a Dilma, com certeza que não é parente da Virgem Maria, teve e tem os seus defeitos, mas prefiro-a a outros como, por exemplo, G.W.Bush (como julgo que bloga dos EUA, ocorreu-me o nome deste marau), que, sendo incapaz de um gesto público como o que publica da Dilma, mentiu ao Mundo e aos seus conterrâneos sobre aquela porcaria do Iraque, deixando um vergonhoso rasto de sangue ignorou, desrespeitou as N.U e aldrabou nas (suas) eleições, etc e tal.
Na altura em que Dilma cometeu aquelas “proezas” que bem refere, o Brasil era outro. E foi alguém como Lula, de que ela é “herdeira política”, com todos os seus defeitos, que colocou o Brasil no lugar que ocupa hoje, lugar esse que seguramente Dilma manterá e melhorará. O tal milagre brasileiro que se falava nos idos de 60 (pré-datado, até, 1968), no período da Ditadura, afinal veio a suceder décadas depois e será agora continuado pela tal Dilma, estou certo. Não há anjos em Política, mas há os que se fazem passar por eles, como Bush, Blair e companhia, recorrendo até à escrita, e há as que assumem o seu passado, que julgo foi o que Dilma fez. A terminar, Pol Por nunca ganharia umas eleições livres e veio a ser submetido à Justiça. Dilma ganhou umas eleições livres, com o apoio e júbilo popular, e um dia será recebida na Casa Branca.
Quanto aos bancos e banqueiros (com raras excepções, como aquela referida por FSC no seu Blogue, Artur Santos Silva), foram, em boa parte, dos principais responsáveis pela crise em que estamos mergulhados. Não apenas, certamente. Há e haverá sempre nestes casos, responsabilidades políticas. Mas os nossos “rapazes da Banca” são o que se sabe. Ainda há pouco, um desses, accionista de uma empresa com capital público, lá conseguiu, por “artes mirabolantes” que só a dita alta Finança sabe, furtar-se ao pagamento de determinados impostos, em conjunto com outros accionistas e o “apoio” da Administração da tal empresa. Assim sendo, meu caro Ernesto (que não Guevara), prefiro uma Dilma aos outros que aqui mencionei.
Renovo cordialidade!
P.Rufino

Anónimo disse...

Meu caro “Ernesto”,
Suponho que se dirigia a mim, P.Rufino, no Blogue “Duas ou Três Coisas”. Partindo dessa premissa, permita-me que comece por lhe dizer: não se amofine! Aquilo que escrevi, não era uma crítica, tão só uma observação. Tenho, sempre tive, o maior respeito pela opinião dos outros, mesmo quando diametralmente opostas ás minhas. Fui assim educado. Começando pelo fim, meu caro, far-me-á a bondade de não por no mesmo saco Pol Pot e Robert Taylor com Dilma! Não se pode juntar genocidas e quejandos com Dilma, naturalmente, na minha modestíssima opinião.
Quanto ao gesto de mão da Dilma, que colocou no seu Post, imagino que não era dirigido à minha humilde pessoa, mas olhe que até o achei divertido!
Li com atenção a sua interessante retórica, que não deixa de ter a sua lógica, convenhamos. Mas sabe, durante a leitura veio-me à memória outro “flibusteiro” que simpatizei, o Palma Inácio. Voltando a Dilma, com certeza que não é parente da Virgem Maria, teve e tem os seus defeitos, mas prefiro-a a outros como, por exemplo, G.W.Bush (como julgo que bloga dos EUA, ocorreu-me o nome deste marau), que, sendo incapaz de um gesto público como o que publica da Dilma, mentiu ao Mundo e aos seus conterrâneos sobre aquela porcaria do Iraque, deixando um vergonhoso rasto de sangue ignorou, desrespeitou as N.U e aldrabou nas (suas) eleições, etc e tal.
Na altura em que Dilma cometeu aquelas “proezas” que bem refere, o Brasil era outro. E foi alguém como Lula, de que ela é “herdeira política”, com todos os seus defeitos, que colocou o Brasil no lugar que ocupa hoje, lugar esse que seguramente Dilma manterá e melhorará. O tal milagre brasileiro que se falava nos idos de 60 (pré-datado, até, 1968), no período da Ditadura, afinal veio a suceder décadas depois e será agora continuado pela tal Dilma, estou certo. Não há anjos em Política, mas há os que se fazem passar por eles, como Bush, Blair e companhia, recorrendo até à escrita, e há as que assumem o seu passado, que julgo foi o que Dilma fez. A terminar, Pol Por nunca ganharia umas eleições livres e veio a ser submetido à Justiça. Dilma ganhou umas eleições livres, com o apoio e júbilo popular, e um dia será recebida na Casa Branca.
Quanto aos bancos e banqueiros (com raras excepções, como aquela referida por FSC no seu Blogue, Artur Santos Silva), foram, em boa parte, dos principais responsáveis pela crise em que estamos mergulhados. Não apenas, certamente. Há e haverá sempre nestes casos, responsabilidades políticas. Mas os nossos “rapazes da Banca” são o que se sabe. Ainda há pouco, um desses, accionista de uma empresa com capital público, lá conseguiu, por “artes mirabolantes” que só a dita alta Finança sabe, furtar-se ao pagamento de determinados impostos, em conjunto com outros accionistas e o “apoio” da Administração da tal empresa. Assim sendo, meu caro Ernesto (que não Guevara), prefiro uma Dilma aos outros que aqui mencionei.
Renovo cordialidade!
P.Rufino

Anónimo disse...

Meu caro “Ernesto”,
Suponho que se dirigia a mim, P.Rufino, no Blogue “Duas ou Três Coisas”. Partindo dessa premissa, permita-me que comece por lhe dizer: não se amofine! Aquilo que escrevi, não era uma crítica, tão só uma observação. Tenho, sempre tive, o maior respeito pela opinião dos outros, mesmo quando diametralmente opostas ás minhas. Fui assim educado. Começando pelo fim, meu caro, far-me-á a bondade de não por no mesmo saco Pol Pot e Robert Taylor com Dilma! Não se pode juntar genocidas e quejandos com Dilma, naturalmente, na minha modestíssima opinião.
Quanto ao gesto de mão da Dilma, que colocou no seu Post, imagino que não era dirigido à minha humilde pessoa, mas olhe que até o achei divertido!
Li com atenção a sua interessante retórica, que não deixa de ter a sua lógica, convenhamos. Mas sabe, durante a leitura veio-me à memória outro “flibusteiro” que simpatizei, o Palma Inácio. Voltando a Dilma, com certeza que não é parente da Virgem Maria, teve e tem os seus defeitos, mas prefiro-a a outros como, por exemplo, G.W.Bush (como julgo que bloga dos EUA, ocorreu-me o nome deste marau), que, sendo incapaz de um gesto público como o que publica da Dilma, mentiu ao Mundo e aos seus conterrâneos sobre aquela porcaria do Iraque, deixando um vergonhoso rasto de sangue ignorou, desrespeitou as N.U e aldrabou nas (suas) eleições, etc e tal.
Na altura em que Dilma cometeu aquelas “proezas” que bem refere, o Brasil era outro. E foi alguém como Lula, de que ela é “herdeira política”, com todos os seus defeitos, que colocou o Brasil no lugar que ocupa hoje, lugar esse que seguramente Dilma manterá e melhorará. O tal milagre brasileiro que se falava nos idos de 60 (pré-datado, até, 1968), no período da Ditadura, afinal veio a suceder décadas depois e será agora continuado pela tal Dilma, estou certo. Não há anjos em Política, mas há os que se fazem passar por eles, como Bush, Blair e companhia, recorrendo até à escrita, e há as que assumem o seu passado, que julgo foi o que Dilma fez. A terminar, Pol Por nunca ganharia umas eleições livres e veio a ser submetido à Justiça. Dilma ganhou umas eleições livres, com o apoio e júbilo popular, e um dia será recebida na Casa Branca.
Quanto aos bancos e banqueiros (com raras excepções, como aquela referida por FSC no seu Blogue, Artur Santos Silva), foram, em boa parte, dos principais responsáveis pela crise em que estamos mergulhados. Não apenas, certamente. Há e haverá sempre nestes casos, responsabilidades políticas. Mas os nossos “rapazes da Banca” são o que se sabe. Ainda há pouco, um desses, accionista de uma empresa com capital público, lá conseguiu, por “artes mirabolantes” que só a dita alta Finança sabe, furtar-se ao pagamento de determinados impostos, em conjunto com outros accionistas e o “apoio” da Administração da tal empresa. Assim sendo, meu caro Ernesto (que não Guevara), prefiro uma Dilma aos outros que aqui mencionei.
Renovo cordialidade!
P.Rufino

Ernesto disse...

Primo, o gesto não lhe é dirigido, mas dirige-o a senhora de bastas virtudes, Dilma Rousseff, ao seu Povão e a todos nós, em latitudes diferentes e felizmente distantes.
Secundo,disse apenas que a dita ex-guerrilheira adquiriu respeitabilidade acrescida com a sua eleição como PR do Brasil, mas também a outras figuras menos recomendáveis da história recente (citei duas, mas podia ter citado muitas mais), foi-lhes conferida por alguns media ignaros e acéfalos e também por homens políticos deste planeta com idênticas características mentais a aura reverencial de consideração e respeito. Então esses senhores não eram Chefes de Estado e reconhecidos como tal? É claro que há diferenças e não irei por aí, mas sabe, meu caro dr., um cão é um cão e um gato é um gato. No que toca a definições, para mim as coisas são claras, meridianmente claras Não mudo. Não vamos entrar pelos eufemismos e pelos discursos redondos. Por favor!
Tertio, o Palma Inácio, vulgo Pimpinela Escarlate, não foi mais que um assaltante de bancos, um aventureiro sem escrúpulos. Admira-o? Olhe, eu, não.
Quarto, que o Bush mentiu. Toda a gente o sabe.
Não irei elaborar sobre o assunto. Estamos conversados. Só gostaria de acrescentar que não o convidaria para jantar, se, acaso, passar por onde vivo, mas a América é grande e Bush, para o bem e para o mal, já não é o seu profeta.
Quanto aos outros temas, não me vou pronunciar.
Mui cordialmente seu ou, como se dizia em tempos de antanho, atento, venerador e obrigado.
a) Ernesto A. Costa

Anónimo disse...

Meu caro,
Não precisa de me tratar por Dr. Só um último comentário: apesar de possuirmos ideias muito diferentes, pelo que vejo, sobre várias questões e pessoas, permita-me que lhe diga - e acredite, estou a ser sincero - que gosto bastante deste seu Blogue. Posso discordar aqui e ali, mas não só escreve bem, como tem imenso hunmor, uma coisa, hoje em dia, cada vez mais rara. E tem Post interessantes.
Aceite um abraço, de genuina cordialidade,
P.Rufino