sábado, julho 23, 2011


Finanças dos EUA – o processo de explosão da “bomba” da dívida



            No contexto prevalecente de arreigada desconfiança nas T-bonds (obrigações do Tesouro dos EUA), estamos muito rapidamente a aproximarmo-nos de uma fase caracterizada por uma espécie de “greve” ou de forte resistência à compra de tais títulos pelos principais compradores e operadores do mercado mundial. As consequências serão imediatas: antes do mais, o colapso dos preços das T-bonds, concomitante com o aumento das taxas de juro para atrair compradores O crescimento da despesa per capita dos juros da dívida é cada vez maior.
O endividamento galopante está bem patente no quadro que se segue:

Date
Dollar Amount
09/30/2010
13,561,623,030,891.79
09/30/2009
11,909,829,003,511.75
09/30/2008
10,024,724,896,912.49
09/30/2007
9,007,653,372,262.48
09/30/2006
8,506,973,899,215.23
09/30/2005
7,932,709,661,723.50
09/30/2004
7,379,052,696,330.32
09/30/2003
6,783,231,062,743.62
09/30/2002
6,228,235,965,597.16
09/30/2001
5,807,463,412,200.06
09/30/2000
5,674,178,209,886.86

O quadro que precede assenta em dados oficiais do Departamento do Tesouro norte-americano, bastante claros, que não deixam margem para grandes dúvidas, nem para manipulações estatísticas. Por outro lado,  as projecções dos analistas em termos da evolução da dívida federal adiantam que esta ultrapassará este ano os 15 mil milhões de USD e que atingirá os 20 mil milhões, daqui a 5 anos, em 2016! Os números dispensam comentários.
Veja-se o quadro seguinte, transcrito  do Global Europe Anticipation Bulletin



A aceleração do processo é, por conseguinte, cada vez maior. Todavia, baseia-se em taxas de juro da ordem dos 5%. Ora, prevê-se que, dentro de algumas semanas, aquelas taxas se situem, senão ultrapassem, mesmo, os 12%, uma vez despoletada a crise do mercado obrigacionista das T-bonds, o que se traduzirá numa asfixia das capacidades financeiras dos EUA.

Atingido esse patamar, entramos no campo das especulações puras e tudo passa a ser possível, o que desde 2008, se tem +vindo a comprovar numa base regular.
A segunda metade de 2011, designadamente o final do 3º trimestre, como já o temos vindo a dizer, será um período crítico para a crise das dívidas soberanas, uma vez que existe uma verdadeira overdose de endividamento no sistema económico. Ao acumularem cada vez mais dívida desde o meltdown de 2008, os illuminati agravaram a situação consideravelmente. Por conseguinte o mundo avança para um meltdown, agora global, económico, financeiro e monetário. Mas não terá sido essa a intenção última dos illuminati?
Preparemo-nos, pois para o pior. Trata-se do perfect storm e não há que fugir a isto

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