Quem nos governa, quando pensamos ser governados por Sócrates?...
Há um axioma que diz que Sócrates não presta, e um teorema que diz que a coisa se podia, muito candidamente, ter logo resolvido no momento da crise da "Licenciatura", poupando-nos às terríveis sequelas do presente. Isso pressuporia, é óbvio, uma malha anglosaxónica de valores, que, a bem dizer, com o Senhor Cameron, outro servidor da Nova "Ordem" Mundial, também já está em riscos de ir pelo cano abaixo, pelo que vamos desculpar a "Licenciatura" do "Engenheiro", e ver em que estado ele está, três anos depois.
Sócrates é uma tíbia osteoporótica, que a Situação insiste em envernizar, para não se desfazer num monte de pó. Comparativamente com o país, está, todavia, de perfeitíssima saúde, capaz de enterrar a "Oposição", e de, mesmo que mal corressem as coisas, voltar a ganhar, com uns vinte votos de vantagem, sobre o vizinho do lado. Eu sei que isto dói, mas é primo da Verdade: se formos a eleições, Sócrates ganha outra vez.
Regressando ao tom da rua, Sócrates é um palhaço, e mais um dos palhaços que o Sistema de Bilderberg ensaiou, para fingir que os países ainda têm governos autónomos e breves margens de manobra para arrojos nacionalistas. Pelo contrário, o "Nacionalismo", neste momento, é só assegurado por desordeiros de rua, sem ideologia, exceto o queimar o carro do parceiro, e por extremismos, geralmente de Direita, subsidiados pelo Irão e seus primos. Os pseudomonárquicos, por sua vez, alinharam num reacionarismo ainda pior do que o dos Fundamentalistas Lusitanos, com os cegos a não quererem ver. Um Mundo glorioso, portanto, em forma de Opus Dei.
Pela sua fragilidade, as figuras de Bilderberg são sempre penosas e inquietantes: temos um "Sapatilhas", alimentado por uma vaidade que se escuda só deus saberá em que menoridade e autocomplacência existencial, mas, pragmaticamente, preso pelo rabo, em tudo o que são negócios escuros e obscuros, em processos na forma de espada de Dâmocles, numa sexualidade mal assumida e desmentida, a peso de ouro, pelas capas dos pasquins de cabeleireiro, em suma, alguém que, como os Harkoneen, de "Dune", tem uma válvula cravada no coração, para ser desligado pelos Senhores do Mundo, caso não cumpra o libreto que lhe puseram nas mãos. A contrapartida, é uma segurança, solidez e perenidade, aconteça o que acontecer, desde que SIRVA, e Sócrates é especialista em servir, pela sua menoridade humana, intelectual, política e histórica.
Os efeitos colaterais são um espantoso tratado de maquiavelismo, pois conseguiu arrastar, atrás do desastre do seu rastejar político, qualquer tentativa de se lhe opor, tendo tornado toda a Oposição refém do seu pântano, e, na forma de áparte, eu sei bem como se resolvia isto, que era dar-lhe um coice, e chumbar-lhe, desde já, aquela porcaria em forma de pen, a que ele chama "Orçamento". Suponho que seja a designação correta, mas em Inglês Técnico, porque, em qualquer vernáculo, o verdadeiro nome não seria Orçamento, mas Monte de m****.
O que lá está, no entanto, passada a leitura literal, é muito complexo, por que se insere numa dinâmica de várias frentes, que, em vários lugares do velho mundo civilizado, em riscos de regressar à barbárie, está a tomar o mesmo rosto. Os atores têm todos um idêntico figurino: são pequenos caciques, com pés de barro e rabo preso, que têm de obedecer, com a contrapartida de não serem desligados. A perversidade do seu percurso é conhecida: é o nosso palhaço de Vilar de Maçada, atrás descrito, e o seu alter ego, Aníbal de Boliqueime, o suprasumo do provincianismo de um país que deixou de ser grande há 500 anos; em França, o sarcoma de Sarkozy, um biltre, filho de imigrantes, fragilizado pelas origens, que se reclama de Pai da Nação e da Raça. Da raça dos filhos da P***, suponho. Na Alemanha, Merkl, a Chancelera-Fufa, vem das bastardias da Alemanha de Leste, um caixote de lixo social, político e económico, artificialmente mantido pela defunta URSS, por Miterrand e pela cadela, hoje ""Baronesa", Tatcher. De tal berço, só poderia vir uma gaja com tiques autoritários e uma mesquinhez de horizontes digna dos caixotes com rodas a que os alemães de Leste chamavam "carros". Em Itália, temos um porcalhão, refocilador de pegas, e que começou a carreira como palhaço de cruzeiros de gente com dinheiro. No Vaticano, um senil, representante de tudo o que de mais obsceno a Igreja produziu, e preso à vida por um fio, mas a durar, em forma de Duracell.
Não me vou estender mais, porque a tipologia está feita: esta gente não existe, e apenas está em cena, para que, por detrás de si, o verdadeiro Poder se possa, na semipenumbra, exercer.
Por mim, acelerava já o processo, e pendurava-os todos pelos pés, como fizeram a Mussolini e à sua Câncio, a rameira Clara Petacci, e apontava um foco de luz de nevoeiro para os bastidores, para fazer saltar de lá os verdadeiros ratos, mas os tempos são outros, e estas soluções violentas contraproducentes e, até, suscetíveis de desencadear movimentos de sentido oposto ao pretendido.
O problema é que Bilderberg, na sua ânsia de normalizar o Mundo, perdeu o pé, e perdeu-o, assim como o Mundo foi criado pelo Verbo, por uma das suas línguas, quiçá a mais importante, se ter tornado initeligível, e eu passo a explicar, já que, literalmente, o que estou a escrever, não tem sentido, e vamos falar da história do Dinheiro.
Um tempo houve em que a emissão do papel moeda estava diretamente indexada a uma equivalente quantidade de ouro, que, em caso de necessidade, poderia ser reconvertida. Os Keynesianos e todos os otimistas das contas desequilibras, como motor de crescimento e economias saudáveis, ideologia que me não repugna, passaram a assegurar uma reserva de ouro que já não cobria, na totalidade, o dinheiro papel em circulação, ou seja, em caso de aperto, se toda a gente quisesse trocar cromos por ouro, não haveria ouro suficiente para a quantidade de cromos a circular pelo mercado. De salto em salto, e cada vez mais longe da literalidade, o ouro, como garantia, foi substituído pelo poder e solidez das economias, que garantiam a validade de uma moeda circulante forte. A novidade, com a criação das especulações, por criminosos como Reagan, Tatcher, Cavaco Silva, Madoff, Trump e outros tantos, foi, num determinado momento, substituir a metáfora, que era o dinheiro, pela metáfora de uma metáfora, que era o deslizar de números impressos, ou iluminados em monitores, que estavam a substituir o dinheiro.
Simplificadamente, assim como num instante fatal, deixou de haver ouro suficiente para cobrir as notas em circulação, em 2010, já não há dinheiro suficiente para suprir à quantidade de números fictícios com que nos bombardeiam, e é isso que agora faz a horrível aflição do Sistema Financeiro.
Por mim, tudo bem: de cada vez que um banco se prepara para falir, eu sorrio para as flores e penso "vai com deus, meu filho", mas, de cada vez que um banco abre falência, nós vamos atrás, porque somos sustentados por esse dinheiro que não existe e economias em fase adiantada de osteoporose, suportadas pelo tráfico da droga, das armas, dos corpos e do plutónio, por exemplo. Para essas atividades, ainda é útil que existam bandeiras de conveniência, como Portugal, mas é líquido que quando puderem atuar descaradamente, e esse dia está perto, se desembaraçarão dos Estados, e ficarão no seu Far West global, connosco a sermos ricocheteados por toda a casta de balas.
Para os líricos, que se contentam com falar de "Falência do Capitalismo", eu faço um sorriso amargo, e digo que a coisa é muito pior do que isso: é a falência do Mercantilismo, e, pior ainda, o fim de uma metáfora milenar, criada na Cária, se bem me lembro, onde um Rei Creso se lembrou de cunhar a primeira moeda, criando a primeira triangulação virtual entre dois bens e um símbolo que representava o seu valor. Aquilo a que estamos a assistir não é ao fim do Capitalismo, é ao fim da Moeda, e prestes a ingressar num estádio primitivo de troca real de bens. Nós, Portugueses, que não produzimos nada, exceto lixo humano, como Carrilho, Sócrates, Aníbal, Durão, Vítor e João Constâncio, Berardo, Paulo Teixeira Pinto, Dias Loureiro e outros tantos, nada teremos para trocar com os outros povos, mal a Moeda se dissipe, enquanto Linguagem. Foucault iria adorar o que eu escrevi. Eu, contudo, não adorei, e detestei, mesmo, porque o que aqui está é narrado, é tão só o fim da Civilização, tal como a conhecemos e glorificámos.
Nota final: Transcrito, com a devida vénia e respeitando os direitos de autor de Arrebenta-The Braganza Mothers (http://comunidade.sol.pt/blogs/arrebenta/archive/2010/10/22/Quem-nos-governa_2C00_-quando-pensamos-ser-governados-por-S_F300_crates_3F002E002E002E00_.aspx)
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