quarta-feira, julho 14, 2010

PIGS, SWINE and other not so clean animals 

Mais uma vez o “FinancialTimes” (edição de anteontem) publica um artigo de fundo, que pretende ser objectivo, minimamente simpático, escrito até por um indivíduo da “espécie porcina” (neste caso, um espanhol), sobre os PIGS. Assim, sob o título
Spain’s World Cup shows that Pigs can fly” José Ignacio Torreblanca, na edição do FT de 12 de Julho (http://www.ft.com/cms/s/0/eda5d418-8de3-11df-9153-00144feab49a.html), fala da justa vitória da Espanha no campeonato do mundo, para se referir aos problemas políticos, económicos e sociais que o país vizinho atravessa e que não são poucos. Pena é que o grupo a que a Espanha pertence seja o dos “porcos”, uma designação estúpida, pejorativa, injuriosa e mesmo aviltante, mas ninguém chama aos anglo-saxões, germânicos, nórdicos e quejandos, “suínos”. A propósito se os habitantes de Marrocos são marroquinos, porque é que os suecos não hão-de chamar-se suínos? Estas designações depreciativas e imbecis tão ao gosto dos povos bárbaros do Norte, que não têm espelhos em casa, têm de acabar. Aliás, foram eles  que inventaram o “politicamente incorrecto”. Não é verdade?
Os porcos na pocilga (“Pigs in the muck” como há tempos escrevia o mesmo FT, expressão que obteve grande êxito entre os seus leitores setentrionais) é uma designação típica desses racistas que tudo o que não for branquinho (de preferência louro e de olhos azuis), protestante e de boa estirpe (germano-nórdica-anglo-saxona) não se deve sentar à mesa mas ir chafurdar para a lama.
Foi para isto que ingressámos na Europa que não nos quer?
Se quem está arrependido da porta que nos abriu
Bem pode ir depressa para a puta que o pariu

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