Acabou-se o que era doce.
Após muitos insultos, ameaças e uma mão-cheia de problemas, resolvi acabar de vez com este blogue. Não vale a pena andar a pregar no deserto. Talvez ressuscitemos, não ao terceiro dia, mas daqui a mais algum tempo e noutro avatar.
Também não pensem que nos intimidaram, porque, como dizia o general Mac Arthur, ao abandonar as Filipinas na II Guerra Mundial, perante o avanço das tropas japonesas, "I shall return!"
Nesta segunda fase do Pipi-room, a todos os que nos seguiram - e foram quase 8.500 - , obrigado e até à próxima.
Para remate, aqui fica o Zé Povinho, com o gesto tradicional, quem quiser que enfie a carapuça...
Pipi Room
Relações e ralações externas mais fofoca q.b., ou em versão inglesa: "Something is rotten in the kingdom of Denmark" e em versão francesa: "Du tout et de tout - Récits de Belzébuth à son petit-fils"
segunda-feira, agosto 22, 2011
sexta-feira, julho 29, 2011
Terrorismo na Noruega – Extremismo, violência e permissividade - Terrorism in Norway - Extremism, violence and permissiveness
To our English-speaking readers, it is important to notice that Anders Behring Breivik author of the Oslo terrorist attacks, of July 22nd. is a member of St. John’s Lodge of the Norwegian Order of Freemasons, the “regular” Masonic obedience in Norway, a fact which has been confirmed by the organization. This has been hidden from the general public as being politically incorrect. Of course racism and islamophobia, and not free masonry or any deep religious beliefs, have been the driving forces behind his mad killing spree, but facts are facts and they should be weighed by what they are.
Do blogue “Do Portugal Profundo”, com a devida vénia e dada a sua importância transcrevemos o post “Extremismo, violência e permissividade”, publicado ontem:
....viram apenas que o terrorista era cristão e de extrema-direita!
Quinta-feira, 28 de Julho de 2011
Os atentados de Oslo em 22 de Julho de 2011, nos quais Anders Behring Breivik matou 8 pessoas com a explosão da sede do governo norueguês e mais 68 pessoas, principalmente adolescentes e jovens, a tiro, um a um, na ilha de Utøya, onde participavam num acampamento da juventude do Partido Trabalhista norueguês - além de várias dezenas de feridos - comoveu a Europa, pouco habituada ao terrorismo de extrema-direita.
Foi noticiado ubiquamente que Breivik era um «fundamentalista cristão». Um «fundamentalista» especial, nada devoto, com raízes no paganismo pré-cristão e pontes na modernidade da defesa do sexo com prostitutas... E um «cristão» especial, membro da Loja S. João da Ordem Norueguesa dos Maçons, da maçonaria regular, o que foi confirmado pela organização - conforme relata Massimo Introvigne. Mas este facto, desde logo documentado no seu perfil do Facebook - e que se pode confirmar na imagem abaixo - é omitido também quase ubiquamente, até na Wikipedia (um fonte estimável, à excepção do enviesamento do politicamente correcto)...
Todavia, o racismo, e a islamofobia, parece ser o factor desencadeador da sua tara assassina e não qualquer outro motivo, como convicção religiosa ou pertença à Maçonaria.
Os atentados demonstram o ressentimento racista na Europa contra o fluxo de imigrantes de outras cores, culturas e religiões, a facilidade de compra de armas e de materiais para fabrico de explosivos (ainda que possam ser improvisados com adubos), a quase impossibilidade (neste contexto) de prevenção de ataques semelhantes por terroristas que actuam de forma solitária, ou em células estanques e a incapacidade da polícia norueguesa (só conseguiu chegar à ilha, a 700 metros da Costa, após 59 minutos do alerta). O assassino entregou-se às autoridades desarmado - para evitar ser morto... - e agora pode cumprir, no máximo, uma pena de 21 anos de cadeia, mais cinco de se for considerado que pode reincidir, ou até 30 anos na interpretação extensiva de genocídio. Não defendo a pena de morte, mas o agravamento substancial das penas e admito a prisão perpétua em casos excepcionais.
Há muito a melhorar na prevenção e repressão da criminalidade. Um dos dramas sociais da actualidade é aquilo a que tenho chamado o poder bélico civil, potenciado pela facilidade de aquisição, posse, porte e uso, de armas e munições de defesa (ataque...) e guerra que aterrorizam comunidades inteiras, também em Portugal, em contraste com a suavidade da lei e a permissividade das autoridades. A aquisição e a posse ilegais de armas, bem como os assaltos à mão armada, têm de ser objecto de agravamento de pena face a uma situação em que o chamado «gangue do Euromilhões», foi sentenciado com quatro e seis anos de cadeia para vários assaltos à mão armada.
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quinta-feira, julho 28, 2011
Crise financeira – impasse em Washington! Sinais de alarme reais!
Segundo o “Der Spiegel on line international”, os líderes europeus expressaram desde sempre confiança que os EUA encontrariam uma solução para o actual impasse sobre a dívida. Todavia, neste momento prevalece uma crescente preocupação de que isso não será assim. O Ministro alemão das Finanças Schäuble instou os legisladores norte-americanos a actuarem de forma responsável e outros dirigentes já advertiram para consequências imprevisíveis se assim o não fizerem. Semana após semana, os investidores têm-se mostrado estranha e incaracteristicamente calmos perante a incapacidade dos Estados Unidos em chegarem a acordo sobre uma solução que evite o incumprimento iminente. Os investidores que já estão habituados a fugirem em pânico do Euro ao menor sinal de apreensão quanto a endividamento na União Europeia encolhem os ombros perante o impasse prevalecente em Washington. “Acabarão por chegar a acordo...” parece ter sido a postura assumida até à data.
Todavia, as coisas começaram agora a mudar. Os títulos cotados em bolsa encetaram uma queda acentuada, ontem, em Wall Street, com o Dow Jones a cair 200 pontos e as taxas de juro dos T-bonds a subirem. Os investidores começaram a comprar credit default swaps como medida de segurança contra um eventual incumprimento.
A Europa também está preocupada. Assim, como, recentemente, os EUA insistiram que a Euro zona acelerasse os seus esforços para resolver a crise da dívida grega, os líderes europeus estão a exigir que Washington tome medidas, no imediato.
Não é, pois, fantasioso, nem descartável, um cenário de insolvência real dos EUA. A nova Directora do FMI, Christine Lagarde já manifestou a sua preocupação pelo incumprimento nestes termos: “[it is a] very, very serious event, not just for the US, but for the global economy at large."
quarta-feira, julho 27, 2011
Diplomacia económica às “portas”
Depois de Angola e Moçambique, Paulo Portas deslocou-se, agora, em visita oficial ao Brasil para defender a sua “grande causa”: a diplomacia económica. Haveria que despertar os brasileiros para a fase que se vai seguir em terras lusitanas: as privatizações. A este respeito, assim reza o blog da embaixada de Portugal em Brasília: “ O governo português decidiu antecipar o programa de privatizações e está convocando as empresas brasileiras, privadas e estatais, a participarem dos primeiros leilões que serão realizados ‘ainda no terceiro trimestre’ deste ano.” Well, my friends, best o’luck because you’re gonna need it. Aliás, todos esperamos que resulte mesmo para bem dos lusitanos e do nosso querido país. O único problema remanescente é que temos medo de nos enganarmos e continuamos a ter dúvidas
Como construir a diplomacia económica, que para P. Portas deve primar pela “excelência”, no quadro de crise e de cortes orçamentais que Portugal atravessa? O MNE responde : “Optimizar e maximizar. Articular a rede comercial com a diplomática”. A esta precisão e concisão do Ministro, contrapomos uma pergunta ainda mais precisa e concisa: Como?
Sim, como? É a pergunta que se impõe.
Efectivamente, estas frases feitas ditas com grande solenidade, sabedoria e circunspecção valem o que valem. Braga de Macedo e a sua equipa ainda não chegaram a quaisquer conclusões e o douto relatório que vão produzir vai demorar ainda mês e meio até ver a luz do dia.
Outra pergunta que se impõe: o CDS-PP e o PSD, mas, principalmente, o primeiro, - até porque Paulo Portas desde há muito que ambicionava ser Ministro dos Estrangeiros - têm seguramente ideias concretas sobre o assunto, ou seja sobre a diplomacia económica, ou limitam-se às ideias vagas e às frases feitas e estão á espera que alguém tenha capacidade para inventar a roda?
Pergunta-se: haverá algum gabinete de estudos no CDS-PP ou no PSD que se dedique a estes temas? É que não basta querer ser Ministro, é preciso saber governar. Não existindo uma tal estrutura a nível partidário, será que no MNE, à semelhança dos seus congéneres estrangeiros, não se podia já ter criado um gabinete de estudos e prospecção, aproveitando diplomatas no activo e na disponibilidade, funcionários do AICEP e do Ministério da Economia e eventualmente de outros ministérios, para se dedicarem, entre outros temas, à diplomacia económica, em todas as suas vertentes?
É que talvez se poupasse algum dinheiro ao Estado e se ganhasse alguma eficácia com esta solução, dispensando-se a escolha de um trio mediático que vai, como é habitual nestas lides, parir um rato e proferir para os basbaques aulas magistrais de cátedra, cuja inutilidade é mais do que manifesta.
Para já, a diplomacia económica carece de uma definição pacífica e comummente aceite. As orientações, o modus faciendi, o modus operandi, a articulação, os meios disponíveis e uma infinidade de outros temas têm de ser analisados, dissecados, delineados e assentes.
O governo vive ainda em estado de graça, que é, pela sua própria natureza, efémero, por conseguinte tem de agir rapidamente para que não entremos num Estado sem graça.
Germany's Choice: Part 2
Created Jul 26 2011 - 03:49
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By Peter Zeihan and Marko Papic
Seventeen months ago, STRATFOR described how the future of Europe was bound to the decision-making processes in Germany. Throughout the post-World War II era, other European countries treated Germany as a feeding trough, bleeding the country for resources (primarily financial) in order to smooth over the rougher portions of their systems. Considering the carnage wrought in World War II, most Europeans — and even many Germans — considered this perfectly reasonable right up to the current decade. Germany dutifully followed the orders of the others, most notably the French, and wrote check after check to underwrite European solidarity.
However, with the end of the Cold War and German reunification, the Germans began to stand up for themselves once again. Europe’s contemporary financial crisis can be as complicated as one wants to make it, but strip away all the talk of bonds, defaults and credit-default swaps and the core of the matter consists of these three points:
• Europe cannot function as a unified entity unless someone is in control.
• At present, Germany is the only country with a large enough economy and population to achieve that control.
• Being in control comes with a cost: It requires deep and ongoing financial support for the European Union’s weaker members.
What happened since STRATFOR published Germany’s Choice was a debate within Germany about how central the European Union was to German interests and how much the Germans were willing to pay to keep it intact. With their July 22 approval of a new bailout mechanism — from which the Greeks immediately received another 109 billion euros — the Germans made clear their answers to those questions, and with that decision, Europe enters a new era.
The Origins of the Eurozone
The foundations of the European Union were laid in the early post-World War II years, but the critical event happened in 1992 with the signing of the Maastricht Treaty on Monetary Union. In that treaty, the Europeans committed themselves to a common currency and monetary system while scrupulously maintaining national control of fiscal policy, finance and banking. They would share capital but not banks, interest rates but not tax policy. They would also share a currency but none of the political mechanisms required to manage an economy. One of the many inevitable consequences of this was that governments and investors alike assumed that Germany’s support for the new common currency was total, that the Germans would back any government that participated fully in Maastricht. As a result, the ability of weaker eurozone members to borrow was drastically improved. In Greece in particular, the rate on government bonds dropped from an 18 percentage-point premium over German bonds to less than 1 percentage point in less than a decade. To put that into context, borrowers of $200,000 mortgages would see their monthly payments drop by $2,500.
Faced with unprecedentedly low capital costs, parts of Europe that had not been economically dynamic in centuries — in some cases, millennia — sprang to life. Ireland, Greece, Iberia and southern Italy all experienced the strongest growth they had known in generations. But they were not borrowing money generated locally — they were not even borrowing against their own income potential. Such borrowing was not simply a government affair. Local banks that normally faced steep financing costs could now access capital as if they were headquartered in Frankfurt and servicing Germans. The cheap credit flooded every corner of the eurozone. It was a subprime mortgage frenzy on a multinational scale, and the party couldn’t last forever. The 2008 global financial crisis forced a reckoning all over the world, and in the traditionally poorer parts of Europe the process unearthed the political-financial disconnects of Maastricht.
The investment community has been driving the issue ever since. Once investors perceived that there was no direct link between the German government and Greek debt, they started to again think of Greece on its own merits. The rate charged for Greece to borrow started creeping up again, breaking 16 percent at its height. To extend the mortgage comparison, the Greek “house” now cost an extra $2,000 a month to maintain compared to the mid-2000s. A default was not just inevitable but imminent, and all eyes turned to the Germans.
A Temporary Solution
It is easy to see why the Germans did not simply immediately write a check. Doing that for the Greeks (and others) would have merely sent more money into the same system that generated the crisis in the first place. That said, the Germans couldn’t simply let the Greeks sink. Despite its flaws, the system that currently manages Europe has granted Germany economic wealth of global reach without costing a single German life. Given the horrors of World War II, this was not something to be breezily discarded. No country in Europe has benefited more from the eurozone than Germany. For the German elite, the eurozone was an easy means of making Germany matter on a global stage without the sort of military revitalization that would have spawned panic across Europe and the former Soviet Union. And it also made the Germans rich.
But this was not obvious to the average German voter. From this voter’s point of view, Germany had already picked up the tab for Europe three times: first in paying for European institutions throughout the history of the union, second in paying for all of the costs of German reunification and third in accepting a mismatched deutschemark-euro conversion rate when the euro was launched while most other EU states hardwired in a currency advantage. To compensate for those sacrifices, the Germans have been forced to partially dismantle their much-loved welfare state while the Greeks (and others) have taken advantage of German credit to expand theirs.
Germany’s choice was not a pleasant one: Either let the structures of the past two generations fall apart and write off the possibility of Europe becoming a great power or salvage the eurozone by underwriting two trillion euros of debt issued by eurozone governments every year.
Beset with such a weighty decision, the Germans dealt with the immediate Greek problem of early 2010 by dithering. Even the bailout fund known as the European Financial Security Facility (EFSF) — was at best a temporary patch. The German leadership had to balance messages and plans while they decided what they really wanted. That meant reassuring the other eurozone states that Berlin still cared while assuaging investor fears and pandering to a large and angry anti-bailout constituency at home. With so many audiences to speak to, it is not at all surprising that Berlin chose a solution that was sub-optimal throughout the crisis.
That sub-optimal solution is the EFSF, a bailout mechanism whose bonds enjoyed full government guarantees from the healthy eurozone states, most notably Germany. Because of those guarantees, the EFSF was able to raise funds on the bond market and then funnel that capital to the distressed states in exchange for austerity programs. Unlike previous EU institutions (which the Germans strongly influence), the EFSF takes its orders from the Germans. The mechanism is not enshrined in EU treaties; it is instead a private bank, the director of which is German. The EFSF worked as a patch but eventually proved insufficient. All the EFSF bailouts did was buy a little time until investors could do the math and realize that even with bailouts the distressed states would never be able to grow out of their mountains of debt. These states had engorged themselves on cheap credit so much during the euro’s first decade that even 273 billion euros of bailouts was insufficient. This issue came to a boil over the past few weeks in Greece. Faced with the futility of yet another stopgap solution to the eurozone’s financial woes, the Germans finally made a tough decision.
The New EFSF
The result was an EFSF redesign. Under the new system the distressed states can now access — with German permission — all the capital they need from the fund without having to go back repeatedly to the EU Council of Ministers. The maturity on all such EFSF credit has been increased from 7.5 years to as much as 40 years, while the cost of that credit has been slashed to whatever the market charges the EFSF itself to raise it (right now that’s about 3.5 percent, far lower than what the peripheral — and even some not-so-peripheral — countries could access on the international bond markets). All outstanding debts, including the previous EFSF programs, can be reworked under the new rules. The EFSF has been granted the ability to participate directly in the bond market by buying the government debt of states that cannot find anyone else interested, or even act pre-emptively should future crises threaten, without needing to first negotiate a bailout program. The EFSF can even extend credit to states that were considering internal bailouts of their banking systems. It is a massive debt consolidation program for both private and public sectors. In order to get the money, distressed states merely have to do whatever Germany — the manager of the fund — wants. The decision-making occurs within the fund, not at the EU institutional level.
In practical terms, these changes cause two major things to happen. First, they essentially remove any potential cap on the amount of money that the EFSF can raise, eliminating concerns that the fund is insufficiently stocked. Technically, the fund is still operating with a 440 billion-euro ceiling, but now that the Germans have fully committed themselves, that number is a mere technicality (it was German reticence before that kept the EFSF’s funding limit so “low”).
Second, all of the distressed states’ outstanding bonds will be refinanced at lower rates over longer maturities, so there will no longer be very many “Greek” or “Portuguese” bonds. Under the EFSF all of this debt will in essence be a sort of “eurobond,” a new class of bond in Europe upon which the weak states utterly depend and which the Germans utterly control. For states that experience problems, almost all of their financial existence will now be wrapped up in the EFSF structure. Accepting EFSF assistance means accepting a surrender of financial autonomy to the German commanders of the EFSF. For now, that means accepting German-designed austerity programs, but there is nothing that forces the Germans to limit their conditions to the purely financial/fiscal.
For all practical purposes, the next chapter of history has now opened in Europe. Regardless of intentions, Germany has just experienced an important development in its ability to influence fellow EU member states — particularly those experiencing financial troubles. It can now easily usurp huge amounts of national sovereignty. Rather than constraining Germany’s geopolitical potential, the European Union now enhances it; Germany is on the verge of once again becoming a great power. This hardly means that a regeneration of the Wehrmacht is imminent, but Germany’s re-emergence does force a radical rethinking of the European and Eurasian architectures.
Reactions to the New Europe
Every state will react to this new world differently. The French are both thrilled and terrified — thrilled that the Germans have finally agreed to commit the resources required to make the European Union work and terrified that Berlin has found a way to do it that preserves German control of those resources. The French realize that they are losing control of Europe, and fast. France designed the European Union to explicitly contain German power so it could never be harmed again while harnessing that power to fuel a French rise to greatness. The French nightmare scenario of an unrestrained Germany is now possible.
The British are feeling extremely thoughtful. They have always been the outsiders in the European Union, joining primarily so that they can put up obstacles from time to time. With the Germans now asserting financial control outside of EU structures, the all-important U.K. veto is now largely useless. Just as the Germans are in need of a national debate about their role in the world, the British are in need of a national debate about their role in Europe. The Europe that was a cage for Germany is no more, which means that the United Kingdom is now a member of different sort of organization that may or may not serve its purposes.
The Russians are feeling opportunistic. They have always been distrustful of the European Union, since it — like NATO — is an organization formed in part to keep them out. In recent years the union has farmed out its foreign policy to whatever state was most impacted by the issue in question, and in many cases these states has been former Soviet satellites in Central Europe, all of which have an axe to grind. With Germany rising to leadership, the Russians have just one decision-maker to deal with. Between Germany’s need for natural gas and Russia’s ample export capacity, a German-Russian partnership is blooming. It is not that the Russians are unconcerned about the possibilities of strong German power — the memories of the Great Patriotic War burn far too hot and bright for that — but now there is a belt of 12 countries between the two powers. The Russian-German bilateral relationship will not be perfect, but there is another chapter of history to be written before the Germans and Russians need to worry seriously about each other.
Those 12 countries are trapped between rising German and consolidating Russian power. For all practical purposes, Belarus, Ukraine and Moldova have already been reintegrated into the Russian sphere. Estonia, Latvia, Lithuania, Poland, the Czech Republic, Slovakia, Hungary, Romania and Bulgaria are finding themselves under ever-stronger German influence but are fighting to retain their independence. As much as the nine distrust the Russians and Germans, however, they have no alternative at present.
The obvious solution for these “Intermarium” states — as well as for the French — is sponsorship by the United States. But the Americans are distracted and contemplating a new period of isolationism, forcing the nine to consider other, less palatable, options. These include everything from a local Intermarium alliance that would be questionable at best to picking either the Russians or Germans and suing for terms. France’s nightmare scenario is on the horizon, but for these nine states — which labored under the Soviet lash only 22 years ago — it is front and center.
• Economics/Trade Military Politics Peter Zeihan and Marko Papic Germany Europe USMC - Featured Analysis Geopolitical Weekly EU Eurozone
Links:
[1] http://www.stratfor.com/weekly/friedman_on_geopolitics
[2] http://www.stratfor.com/weekly/20100208_germanys_choice
[3] http://www.stratfor.com/weekly/20100315_germany_mitteleuropa_redux
[4] http://www.stratfor.com/analysis/20100402_eu_consequences_greece_intervention
[5] http://www.stratfor.com/analysis/20101215-german-domestic-politics-and-eurozone-crisis
[6] javascript:launchPlayer('d083m95v', 'http://www.youtube.com/watch?v=kBQqvE4obus', 640, 360)
[7] http://www.stratfor.com/analysis/20101104_german_designs_europes_economic_future
[8] http://www.stratfor.com/analysis/20110217-germanys-elections-and-eurozone
[9] javascript:launchPlayer('xhroi1fx', 'http://www.youtube.com/watch?v=nXPphmW6k4g', 640, 360)
[10] javascript:launchPlayer('f7gfns5i', '
http://www.youtube.com/watch?v=cRS_USLNGes', 640, 360)
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"Germany's Choice: Part 2 is republished with permission of STRATFOR."
Paradoxo – a situação dos bancos em Portugal
Para a minha e vossa cultura geral, segue a transcrição de um artigo de Pedro Santos Guerreiro no “Negócios on-line”, com data de 26 de Julho,
e a que está ser dada ampla circulação em vários blogs da net:
“A guerra deixou de ser surda: bancos e Banco de Portugal estão em braço-de-ferro.
A polémica usa nomes técnicos mas a pergunta é simples: devem os bancos pedir capital ao Estado? A questão é vital mas ameaça tornar-se filosófica: será evitável, essa nacionalização temporária? Dificilmente.
Primeiro, os caldos de galinha: não há risco para os depositantes. E não há, precisamente, porque há dinheiro do Estado, da troika, 12 mil milhões para capitalização e 35 mil milhões para liquidez. O risco não é hoje dos depositantes. É dos accionistas. É de quem precisa de crédito.
Decifremos: o Banco de Portugal quer que os bancos vendam carteiras de crédito. Mas como o risco de Portugal é alto, os bancos têm de vender essas carteiras com desconto. Ou seja, com prejuízo. Isso reduz dividendos e aumenta as necessidades de capital. E como dificilmente se encontra quem queira investir num banco português, a alternativa é pedir ao Estado: recorrer aos 12 mil milhões de euros.
Os bancos não querem. Temem saída de capitais. Não querem prejuízos, não querem ficar mais pequenos, não querem perder o controlo do presente e do futuro - e não querem o que uma intervenção estatal obriga: a entrada dos políticos (embora esteja previsto que o Estado seja "accionista silencioso"), limites aos salários das administrações e suspensão de dividendos. As acções desvalorizariam. Para os accionistas de referência, ainda pior, pois sem dividendos não podem pagar as suas próprias dívidas nem amealhar para mais tarde recomprar a posição do Estado. E lá vão os bancos para o controlo estrangeiro.
Na conferência de banca ontem do "Económico", foi este confronto que se tornou visível. O que permanece invisível é que a escolha não existe. É uma questão de tempo. E tempo é dinheiro.
Os bancos nunca estiveram preocupados com as novas regras de malparado e não stressaram com os testes de resistência porque estes não simularam o valor de mercado nos seus balanços da dívida pública dos países aflitos. O medo dos bancos está noutro teste, que arranca depois do Verão: a reavaliação das carteiras de crédito. É disso que Salgado e Ulrich falam quando falam de critérios "fundamentalistas".
Em Setembro, dezenas de técnicos da troika vão entrar nos bancos com uma tarefa que já fizeram na Irlanda: "varrer" os créditos e verificar se os activos que estão dados como garantia são suficientes. Na Irlanda, foram esses critérios "fundamentalistas" que levaram às nacionalizações.
Exemplo: um crédito à habitação de 200 mil euros tem como garantia o imóvel avaliado em 250 mil euros. A troika aplica uma nova métrica e diz que o imóvel vale apenas 170 mil euros. Então, ou o cliente reforça as garantias ("dá" mais património), ou o banco tem de "cobrir" a diferença com provisões. Multiplique este exemplo por milhares de créditos, empresas de imobiliário e construção, PME aflitas: dá uma imparidade enorme. Um buraco. E portanto pede-se intervenção do Estado.
A questão é que o buraco já existe na economia e não vai ser possível apartar a banca: é uma economia que se endividou de mais em consumo, imobiliário e projectos de baixo retorno. O problema está implícito nos bancos, sob a forma de crédito malparado aprazado. Mesmo o pagamento das dívidas do Estado, que aqui defendemos, refresca os bancos mas, do ponto de vista da troika, não muda a "equação" da economia: mantém-se a dívida pública, cria-se mais dívida privada.
Os bancos juram que não. O Banco de Portugal parece convencido de que sim. E, portanto, quer antecipar. Não é para ganhar tempo, é para salvar a economia em vez de salvar os bancos. Se não houver aumentos de capital, a alternativa será tapar a desvalorização das carteiras de crédito, encarecendo ainda mais o crédito às empresas. E as empresas estão a morrer de asfixia financeira. A quebra do investimento a que se assiste é dramática. Sem investimento, a economia não descola, a única coisa que crescerá é o desemprego.
Chegados aqui, é essencial perceber o que é hoje o Banco de Portugal. Já não é o "sindicato" dos bancos, como no passado. É o membro do Banco Central Europeu que tem mais de 40 mil milhões emprestados aos nossos bancos e é o interlocutor do FMI, que passa um terço do cheque da troika. É por isso que o Banco de Portugal tomou o controlo do Ministério das Finanças e, agora, da Caixa. Não é o Banco de Portugal: é a troika. Quem paga é a troika. Quem manda é a troika. E ainda bem. Porque o Governo parece, afinal, enclausurado no passado, desperdiçando a oportunidade de mudança da economia e cismando nos mesmos vícios: falta de corte de despesa, partidarização da Caixa - e falta de comando.
Chegará a hora de vermos as vantagens e as desvantagens das nacionalizações parciais da banca. De repartir culpas. Mas uma trave continua mestra: a economia precisa de uma banca forte. E isso vai, muito provavelmente, exigir uma nacionalização temporária, que mudará para sempre a propriedade e a gestão da banca em Portugal, menos alinhada com o Estado e que lute pela poupança. E mais estrangeira.
Como Sócrates dizia, o mundo mudou. E a banca, que sempre foi visionária, é quem está agora em negação. Vai ter de perder dinheiro. Vai ter de tirar as pequenas e médias empresas do espremedor. Vai ter de deixar de achar que a troika é idiota.
Eis o grande paradoxo: os liberais é que defendem a entrada temporária do Estado nos bancos. Vai ser impossível explicar, mas a ajuda do Estado aos bancos não será a ajuda aos donos dos bancos. Ao contrário do que parece, isso é que vai trazer perdas para os seus accionistas. Por isso é que eles não querem. Por isso é que a economia precisa. Como veremos nos próximos meses.”
sábado, julho 23, 2011
Finanças dos EUA – o processo de explosão da “bomba” da dívida
No contexto prevalecente de arreigada desconfiança nas T-bonds (obrigações do Tesouro dos EUA), estamos muito rapidamente a aproximarmo-nos de uma fase caracterizada por uma espécie de “greve” ou de forte resistência à compra de tais títulos pelos principais compradores e operadores do mercado mundial. As consequências serão imediatas: antes do mais, o colapso dos preços das T-bonds, concomitante com o aumento das taxas de juro para atrair compradores O crescimento da despesa per capita dos juros da dívida é cada vez maior.
O endividamento galopante está bem patente no quadro que se segue:
Date | Dollar Amount |
09/30/2010 | 13,561,623,030,891.79 |
09/30/2009 | 11,909,829,003,511.75 |
09/30/2008 | 10,024,724,896,912.49 |
09/30/2007 | 9,007,653,372,262.48 |
09/30/2006 | 8,506,973,899,215.23 |
09/30/2005 | 7,932,709,661,723.50 |
09/30/2004 | 7,379,052,696,330.32 |
09/30/2003 | 6,783,231,062,743.62 |
09/30/2002 | 6,228,235,965,597.16 |
09/30/2001 | 5,807,463,412,200.06 |
09/30/2000 | 5,674,178,209,886.86 |
O quadro que precede assenta em dados oficiais do Departamento do Tesouro norte-americano, bastante claros, que não deixam margem para grandes dúvidas, nem para manipulações estatísticas. Por outro lado, as projecções dos analistas em termos da evolução da dívida federal adiantam que esta ultrapassará este ano os 15 mil milhões de USD e que atingirá os 20 mil milhões, daqui a 5 anos, em 2016! Os números dispensam comentários.
Veja-se o quadro seguinte, transcrito do Global Europe Anticipation Bulletin
A aceleração do processo é, por conseguinte, cada vez maior. Todavia, baseia-se em taxas de juro da ordem dos 5%. Ora, prevê-se que, dentro de algumas semanas, aquelas taxas se situem, senão ultrapassem, mesmo, os 12%, uma vez despoletada a crise do mercado obrigacionista das T-bonds, o que se traduzirá numa asfixia das capacidades financeiras dos EUA.
Atingido esse patamar, entramos no campo das especulações puras e tudo passa a ser possível, o que desde 2008, se tem +vindo a comprovar numa base regular.
A segunda metade de 2011, designadamente o final do 3º trimestre, como já o temos vindo a dizer, será um período crítico para a crise das dívidas soberanas, uma vez que existe uma verdadeira overdose de endividamento no sistema económico. Ao acumularem cada vez mais dívida desde o meltdown de 2008, os illuminati agravaram a situação consideravelmente. Por conseguinte o mundo avança para um meltdown, agora global, económico, financeiro e monetário. Mas não terá sido essa a intenção última dos illuminati?
Preparemo-nos, pois para o pior. Trata-se do perfect storm e não há que fugir a isto
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